Meu ano cinematográfico foi o menos prolífico dos últimos tempos. Por conta de trabalhos e viagens, assisti a apenas 236 longas-metragens, contra 366 em 2018. Daquele total, 173 foram filmes de ficção e 63 documentários, desconsiderados aí os casos híbridos. Minha principal realização na área foi a cocuradoria da Ocupação Eduardo Coutinho, no Itaú Cultural (2/10 a 24/11), e o lançamento do livro Sete Faces de Eduardo Coutinho, editado pela Boitempo em parceria com o Itaú Cultural e o Instituto Moreira Salles.
A seguir, relaciono os meus filmes preferidos do ano, como sempre em quatro listas separadas: ficções e documentários, lançados e não lançados em salas de cinema. A escolha, embora seja sempre pessoal e de gosto subjetivo, acaba refletindo algumas tendências do mercado, como a queda de lançamentos de documentários internacionais nos cinemas brasileiros e sua ascensão em plataformas de streaming como a Netflix. Não ter comparecido ao Festival do Rio, por motivo de viagem, também influenciou negativamente o meu cardápio de filmes fora do circuito.
O setor em que tive mais dificuldade de escolher dez títulos foi o de ficções lançadas em cinemas, onde pelo menos dez outros filmes mereceriam destaque equivalente.
Cada título em cor é um link para a respectiva resenha.
Filmes de ficção lançados em cinemas
Temporada, de André Novais Oliveira
Cafarnaum, de Nadine Labaki
Vice, de Adam McKay
O Anjo, de Luís Ortega
Parasita, de Bong Joon-ho
Coringa, de Todd Phillips
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho
Pássaros de Verão, de Cristina Gallego e Ciro Guerra
Três Faces, de Jafar Panahi
O Irlandês, de Martin Scorsese
Documentários lançados em cinemas
Torre das Donzelas, de Susanna Lira
Democracia em Vertigem, de Petra Costa
Humberto Mauro, de André di Mauro
Varda por Agnès, de Agnès Varda
Meu Amigo Fela, de Joel Zito Araújo
O Silêncio dos Outros, de Almuneda Carracedo e Robert Bahar
Espero tua (Re)Volta, de Eliza Capai
Estou me Guardando pra Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes
Eleições, de Alice Riff
Pastor Cláudio, de Beth Formaggini
Filmes de ficção não lançados em cinemas
(vistos em festivais, mostras, streaming, etc)
System Crasher, de Nora Fingscheidt
La Llorona, de Jayro Bustamante
Atlantique, de Mati Diop
Apostasy, de Daniel Kokotajlo
Sem Rastros, de Debra Granik
Vitalina Varela, de Pedro Costa
O Hotel às Margens do Rio, de Hong Sang-soo
Temblores, de Jayro Bustamante
História de um Casamento, de Noah Baumbach
Buñuel em el Laberinto de las Tortugas, de Salvador Simó
Documentários não lançados em cinemas
(vistos em festivais, mostras, streaming, etc)
For Sama, de Waad Al-Kateab e Edward Watts
Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov
Indústria Americana, de Steven Bognar e Julia Reichert
Cine Marrocos, de Ricardo Calil
Leaving Neverland, de Dan Reed
Privacidade Hackeada, de Karim Amer e Jehane Noujaim
Ressaca, de Vincent Rimbaux e Patrizia Landi
Soldado Estrangeiro, de José Joffily
Proibido Nascer no Paraíso, de Joana Nin
A Última Gravação, de Isabel Cavalcanti e Célia Freitas
Achei sua crítica de “Mama Colonel” excelente!
Que bom, Raphael, grato por avisar.
Ótimas listas, Carlinhos. Entre seus títulos, Sorria, seus dados estão sendo usados, merece prêmio. Parabéns! bjs
Ótimas listas, Carlinhos. Vou tentar correr atrás dos docs que não vi. Entre seus títulos, ‘sorria, seus dados estão sendo usados” merece prêmio à parte. Parabéns!!!
Este ano consegui ver alguns, pois a maioria não chega às telas do Brasil real. Bj
Grato
adoreiii!