Parábola do bom muçulmano
Embora reconheça em FOI APENAS UM ACIDENTE um libelo poderoso contra a ditadura iraniana, não vejo ali uma coerência que sustente as curvas dramáticas do filme.
Embora reconheça em FOI APENAS UM ACIDENTE um libelo poderoso contra a ditadura iraniana, não vejo ali uma coerência que sustente as curvas dramáticas do filme.
Notas de Paulo Lima sobre os filmes LOCAÇÕES NA PALESTINA, de Pasolini, e ROBERTO ROSSELLINI, MAIS QUE UMA VIDA, no Festival de Cinema Italiano.
A exuberância de Kleber Mendonça Filho no trato com o cinema se sobressai nas pequenas tramas paralelas, nos episódios laterais que contribuem para o painel urbano de O AGENTE SECRETO.
A Ocupação Eduardo Coutinho chega ao IMS de Poços de Caldas (MG).
Já está em pré-venda o primeiro volume dos Contos Reunidos do imenso escritor Victor Giudice. Leiam a orelha que escrevi para o livro.
Costa-Gavras se debruça sobre a morte com a ajuda de Régis Debray em UMA BELA VIDA. Não é assunto agradável, mas necessário e, afinal, incontornável.
Usando cenas filmadas em diferentes épocas, LEVADOS PELAS MARÉS faz um retrato impressionista da mulher chinesa e das transições do próprio país, como de praxe em Jia Zhang-ke.
Na mistura de apuro estético e jocosidade chanchadeira de MÁRIO DE ANDRADE, O TURISTA APRENDIZ, Murilo Salles nos oferece um de seus trabalhos mais instigantes – e um dos mais encharcados de música.
O tenso e transgressor A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO já está nos cinemas. É provavelmente o filme mais corajoso e um dos melhores já feitos durante o regime teocrático iraniano.
Estruturando a narrativa de CERRAR LOS OJOS principalmente em 11 longos diálogos, Victor Erice propõe aqui uma meditação sobre o que somos para além dos nossos nomes, e até mesmo de nossos rostos.
Usando cenas filmadas em diferentes épocas, LEVADOS PELAS MARÉS faz um retrato impressionista da mulher chinesa e das transições do próprio país, como de praxe em Jia Zhang-ke.
Na mistura de apuro estético e jocosidade chanchadeira de MÁRIO DE ANDRADE, O TURISTA APRENDIZ, Murilo Salles nos oferece um de seus trabalhos mais instigantes – e um dos mais encharcados de música.
O tenso e transgressor A SEMENTE DO FIGO SAGRADO é provavelmente o filme mais corajoso e um dos melhores já feitos durante o regime teocrático iraniano.
Fernanda Torres está extraordinária, sem dúvida, em AINDA ESTOU AQUI, mas sua atuação se beneficia de tudo o que está ao redor: a excelência na condução de todo o elenco, a vivência da casa e sua tocante despedida, o sentimento de época tão bem evocado nas imagens e nos sons.
O QUARTO AO LADO tem closes magníficos das atrizes, mas patina um bocado, ora em flashbacks esquemáticos, ora nas ruminações repetitivas de Martha em sua desistência de sobreviver.
O Brasil empobrece um bocado sem o olhar de Vladimir Carvalho. O “cabra” nos deixa, mas seus filmes e sua memória já têm sobrevivência garantida entre nós.
Na Mostra de SP, o resgate de AUTO DE VITÓRIA, curta híbrido que Geraldo Sarno considerava mais importante do que “Viramundo”.
Em GOLPE DE SORTE EM PARIS, Woody Allen abusa um pouco do conceito de golpe de sorte com um misto de thriller de adultério e suspense policial. Divertimento sem muita pretensão, mas agradável.
O ÚLTIMO PUB pode vir a ser o derradeiro filme de Ken Loach. Será o possível testamento de um cineasta que, como o pub de TJ Ballantyne, teima em plantar-se como um bastião contra os discursos de intolerância.
Um Jude Law gigantesco e uma Alicia Vikander opaca ilustram o balanço entre eficiência e convencionalismo de FIREBRAND, primeira ficção de Karim Aïnouz em língua estrangeira.
TESTAMENTO põe em cena a impaciência de Denys Arcand com um mundo em crise de gentileza e obsessão pela representatividade.
Cineasta multigêneros, Polanski exercita a comédia rasgada em THE PALACE da forma mais rasteira que se poderia esperar de um autor como ele. O filme não tem previsão de estreia no Brasil.
Sem a preocupação de explicar Kiefer, o documentário de Wim Wenders se concentra em expor virtualmente a diversidade, a rusticidade e a dimensão colossal da obra. O filme ainda não tem data de estreia no Brasil.
Em CONTO DE FADAS, as “estrelas” são Hitler, Stálin, Mussolini e Churchill, todos revividos (melhor seria dizer remortos) pela tecnologia deepfake.
Luís Ospina foi um visionário que sacudiu o bom-mocismo do documentário latino-americano de sua época. OSPINA CALI COLÔMBIA deixa um bom registro do seu legado.
Woody Allen abusa um pouco do conceito de golpe de sorte nesse misto de thriller de adultério e suspense policial. Divertimento sem muita pretensão, mas agradável.
Em texto exclusivo para o blog, Gianluca Cosentino conta como foi a sessão de “Lula” em Cannes e analisa criticamente o documentário de Oliver Stone.
Em MI PAÍS IMAGINARIO, Patricio Guzmán documenta os protestos de 2019 no Chile e destaca o protagonismo feminino num modelo de mobilização política inteiramente novo.
ERVAS SECAS não pede compreensão nem perdão para as maldades e covardias de seus personagens. O que importa a Ceylan, um dos grandes da atualidade, é dissecar aquelas almas, umas fracas, outras fortes, mas todas profundamente humanas.
Carlos Alberto Mattos e Sérgio Moriconi divergem sobre a consistência e a profundidade do novo longa de Wim Wenders, que concorre ao Oscar de filme internacional.