Sob o risco do esquecimento
A conciliação do documentário com a ficção de gênero dá, em PAJEÚ, mais uma prova de quanto é desafiadora.
A conciliação do documentário com a ficção de gênero dá, em PAJEÚ, mais uma prova de quanto é desafiadora.
Três recomendações para quem quiser desfrutar da versão online da Mostra Ecofalante de Cinema.
Três jovens ativistas tentam mudar o mundo a partir do Chile, de Uganda e de Hong Kong. Elas lutam pelos FILHOS DO FUTURO.
CRIMES DO FUTURO sugere conversas sobre arte contemporânea, neurociência e novas fronteiras da sexualidade, mas o que prevalece é a mera excentricidade, o jogo lúdico e irônico com a ideia de uma arte extrema para a hipótese de uma vida extrema.
Pela caricatura, através de um véu de sarcasmo, o romeno MÁ SORTE NO SEXO OU PORNÔ ACIDENTAL realça o caráter de uma sociedade, esta sim, pornográfica.
O espertíssimo MEU NOME É BAGDÁ faz a crônica descontínua de um certo ambiente suburbano paulista, com sua juventude a bordo de uma estética própria, vibrante e cool ao mesmo tempo.
OS PRIMEIROS SOLDADOS fala lindamente da busca de um entendimento mais transcendente da Aids nos anos 1980 e da sobrevivência do amor. Afinal, com toda a tristeza daquele momento, dava ou não pra ser feliz?
A FELICIDADE DAS COISAS. É preciso relevar algumas coisas para apreciar a beleza sutil dessa crônica sobre humildes sonhos de consumo e microepisódios de vidas mais que comuns.
Um grupo de mulheres ativistas fez mais de 11 mil abortos ilegais nos EUA dos anos 1960/70. Heroismo e imprudência caminham juntos na história das JANES: MULHERES ANÔNIMAS.
O PAI DA RITA vai de Chico Buarque ao Bixiga com uma divertida história de disputa de paternidade.
Protagonista político absoluto dos nossos tempos, Lula é o personagem central da excelente série A TRAMA, que conta a história da sua prisão e disseca o lado sujo da Lava Jato.
ROLÊ – HISTÓRiAS DOS ROLEZINHOS recupera a picardia e as provocações da rapaziada, assim como a ação repressora de seguranças e policiais.
Um roteiro brilhante e um Javier Bardem diabólico fazem de O BOM PATRÃO uma ilustração cortante e bem-humorada do pensamento empresarial médio.
Um paradoxo temporal coloca frente a frente mãe e filha com a mesma idade. PEQUENA MAMÃE trata a fantasia sobrenatural como um simples passeio num bosque.
A comédia romântica PARIS 13º DISTRITO e o documentário NÓS atualizam as visões de uma Paris multiétnica e multicultural.
Misto de documentário e filme-concerto, TOADA PARA JOSÉ SIQUEIRA tira um grande músico do nicho e nos emociona com o trânsito entre o popular e o erudito.
Um pouco de auto-ajuda, um tanto de buddy movie, um bocado de criança-prodígio – e SEMPRE EM FRENTE vai seguindo para seu rumo incerto.
O mestre documentarista Vladimir Carvalho é personagem em QUANDO A COISA VIRA OUTRA e diretor em GIOCONDO DIAS – ILUSTRE CLANDESTINO.
CYRANO é um drama de época que, apesar de supostas ousadias, ficou muito aquém do que se espera para a nossa época.
BELFAST é crônica familiar contada com a verve de um grande ator como Kenneth Branagh.
Lázaro Ramos mobiliza ícones importantes em MEDIDA PROVISÓRIA e leva à tela uma hipótese fértil. Pena que não teve mão firme para torná-la consistente, nem cuidado para driblar suas armadilhas.
Pretensa radiografia de uma indústria machista e grosseira, PLEASURE apresenta uma dramaturgia tão rala quanto a de filmes pornôs que pretendem contar uma historinha.
Um fenômeno musical de Recife em MANGUEBIT e um rapper baiano em ALAN são atrações do Festival In-Edit Brasil, em cartaz presencial e online.
Mostra Histórias da Amazônia vai exibir, em formato híbrido, filmes do pioneiro Adrian Cowell e de novos realizadores.
A partir da Vaza Jato, AMIGO SECRETO faz uma devassa da grande farsa construída no Brasil entre 2017 e 2021. Um novo Processo, agora em tom de catarse.
A MULHER DE UM ESPIÃO é um melodrama de espionagem passado entre 1940 e 1945, e realizado com fatura clássica, bastante romanesca.
TARSILINHA pode servir de cartilha sobre como realizar um longa de animação de alta qualidade técnica, perfeitamente contemporâneo e profundamente brasileiro.
Indicado por Malta ao Oscar, ENTRE ÁGUAS tem pescadores reais nos papéis e uma história de estrangulamento da produção independente. Um filme bonito e sutil.
CÉU ABERTO é o retrato ocasional de uma adolescente do interior do Rio Grande do Sul dividida entre seus planos e o curso de sua realidade. Online no Olhar de Cinema só até as 23h59 de hoje (quinta, 9/6).
SETE CORTES DE CABELO NO CONGO, vencedor da competição brasileira do Olhar de Cinema, é um oportuno e delicioso insight numa vertente da imigração pouco conhecida entre nós. História da África. Coisas que devíamos estar ensinando nas escolas.