A Programadora Brasil está comemorando. Chegaram a 1500 os pontos cadastrados para exibição de filmes brasileiros em DVD. Se 480 municípios brasileiros têm salas comerciais de cinema, são 800 os municípios que hoje contam com algum espaço destinado a exibições de material da Programadora. Do Amapá ao Rio Grande do Sul. O número de espectadores nas sessões chega a 380.000, sem contar cerca de 200.000 que frequentaram as exibições nos espaços SESC pelo país afora. São números que de fato merecem comemoração.
A Programadora Brasil é um sistema de distribuição criado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura para promover exibições não comerciais de filmes brasileiros de várias épocas, gêneros e metragens, garantindo assim o contato permanente do público com a produção nacional. Busca-se também estimular a formação de acervos locais. Cineclubes, escolas, centros culturais, bibliotecas, videotecas, pontos de cultura e até igrejas e hospitais são alguns dos “clientes” da Programadora. Eles adquirem os filmes por preços módicos, levando já o direito de exibi-los sem cobrança de ingresso. Em contrapartida, devem informar ao sistema as sessões agendadas e efetivadas. Com esses dados, a PB aperfeiçoa sua estratégia e avalia seus resultados.
O catálogo conta hoje com 214 DVDs compreendendo longas-metragens ou programas de curtas. Tanto o catálogo como o modo de funcionamento do sistema e os pontos de exibição nos diversos estados podem ser consultados no site da Programadora. Estão acessíveis ainda os textos especialmente preparados por críticos para o encarte de cada DVD. Os filmes podem ser assistidos também nos locais de administração da PB: a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, e o Centro Técnico Audiovisual (CTAv), no Rio.
Na semana passada, Caio Cesaro, do CTAv, me franqueou as estatísticas da Programadora, de onde tirei esses dados:
– Os filmes de ficção são os mais programados (44,5%), seguidos pelos de animação (36%), os documentários (17,4%) e os experimentais (1,7%).
– Entre as faixas de público, a predominante é a infantil, com forte participação de escolares.
– O campeão absoluto de exibições é o curta Historietas Assombradas (Para Crianças Malcriadas), de Victor Hugo Borges, incluído no DVD “Curtas infantis1”. Ele foi assistido por pouco mais de 20.000 pessoas. Os filmes que compõem as coletâneas de curtas infantis aparecem nos primeiros lugares da lista de mais vistos.
– Bicho de Sete Cabeças, A Hora da Estrela e Macunaíma são os filmes adultos mais frequentados.
– Milagre em Juazeiro, O Chamado de Deus e Os Anos JK são os documentários com maior público.
– O DIMAS, órgão da Secretaria de Cultura da Bahia, em Salvador, é o ponto de exibição mais ativo, tendo já realizado 593 sessões com materiais da Programadora. Em seguida vêm o Ponto de Exibição Audiovisual de Ipaporanga, Ceará (330 sessões) e a Fundação Cultural de Curitiba (314 sessões).
Carlinhos, teu texto deveria ser enviado a Riofilme. Seu presidente Sergio Sa Leitao publicou isso aqui hoje no Twitter. E é verdade. FASCINANTE – Do twitter do presidente da Rio Filme, Sérgio Sá Leitão: “E o RioShow? Apesar de publicado no Globo, parece um fanzine. Ação entre (poucos) amigos. Ignora o pop e celebra o obscuro. Inacreditável… No dia em que estréia um filme-evento como Harry Potter 7… E começa um festival internacional de animação que atrai 100 mil pessoas… O fenomenal RioShow celebra na capa o circuito alternativo de cinema do Rio! Depois os jornais não entendem pq perdem leitores…”.
Obrigado pelo text, Kleber
Pois é, Kleber, tem coisas que deixam a gente chapado… de vergonha.
que bom, Carlinhos, muito boa essa notícia. que vá adiante!