O blog em recesso
A partir de hoje o blog entra em recesso por pouco mais de um mês.
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ATÉ OS OSSOS teria potencial romântico e trágico caso não fosse encaminhado com tanta superficialidade e tivesse um par de intérpretes mais “sanguíneos”.
IL BUCO mergulha nas profundezas da terra para falar de dicotomias bastante explícitas. DA TERRA DOS ÍNDIOS AOS ÍNDIOS SEM TERRA atualiza discurso de Darcy Ribeiro.
É a partir dos bens e das mídias físicas que HAPPY OLD YEAR organiza sua parábola sobre o caráter não descartável dos sentimentos. A renúncia de alguém pode ser um ferimento para outro.
Série “extremistas.br” expõe o caldo de ódio, cinismo e incultura das hordas bolsonaristas que atentaram contra a ordem democrática.
A plataforma Itaú Cultural Play dedica mostra aos filmes de ficção de Sylvio Back.
MATILDA: O MUSICAL é mais um conto de heroísmo, liderança e sublevação, mas desafia as regras de bom-mocismo de um musical infantojuvenil. Vale também como uma fábula sobre a criação de histórias.
CLOSE é um pequeno estudo sobre um laço infantil que não é compreendido pelo entorno social e nos intriga quanto a sua natureza. Inédito comercialmente no Brasil, foi um dos meus favoritos vistos em 2022.
Uma tragédia, um encontro difícil, um ritual de purgação para que a vida possa seguir adiante. MASS tem quatro interpretações gigantescas para um tubilhão de emoções.
Com atuação mesmerizante de Cate Blanchett, TÁR nos coloca no centro de um pequeno mundo que a imensa maioria de nós desconhece: o mundo das grandes celebridades da música clássica nos EUA e na Europa. Filme inédito comercialmente no Brasil, um dos meus favoritos vistos em 2022.
Debruçando-se sobre a história do poeta Siegfried Sassoon em BENEDICTION, Terence Davies está mais uma vez no seu elemento: vidas vividas entre o prazer transgressor, a melancolia e o sofrimento íntimo.
O MARINHEIRO DAS MONTANHAS é uma história de abandono que Karim Aïnouz rememora sem rancor enquanto faz indagações e suposições sobre o que seria sua vida em circunstâncias diferentes.
Minha videomontagem TAIGUARA – ONDE ANDARÁ TEU SABIÁ?, lançada no Vimeo no dia 1º de dezembro, já amealhou mais de 3 mil visualizações e um bocado de referências simpáticas, generosas e até emocionadas. Compartilho alguns trechos.
Pequena retrospectiva pessoal e meus filmes favoritos de 2022.
Em lugar de nos saturar com as imagens acachapantes das obras do artista, KOBRA AUTO RETRATO nos mergulha num turbilhão de sensações visuais e sonoras. O documentário como obra de arte.
O que perde em plausibilidade, LAST FILM SHOW compensa em graça, ternura e vivacidade. É o “Cinema Paradiso” indiano, representante da Índia no Oscar 2023.
Apesar do dado histórico no perfil da Rede Globo, VISITA, PRESIDENTE deixa muito a desejar como documentário.
Uma descoberta arqueológica ajuda uma comunidade afrodescendente a recompor sua identidade e sua história em O ÚLTIMO NAVIO NEGREIRO, documentário da Netflix pré-indicado ao Oscar.
Filme cativante feito com muito pouco, OS BANSHEES DE INISHERIN combina comédia e drama, buddy movie envenenado e conto filosófico, o patético e o assustador.
SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS é uma comédia sobre a pandemia. Comédia até certo ponto, pois no fundo do que se trata é solidão, medo e a necessidade de balancear afeto e segurança.
O mashup vertiginoso de MOONAGE DAYDREAM potencializa ao maximo a explosão do rock bowieano, inserindo-o no discurso pop do seu tempo: paródia, psicodelismo, fantasias espaciais, androginia, petulância e exibicionismo.
Meus votos de fim de ano
Sem nenhuma cerimônia, BARDO – FALSA CRÔNICA DE ALGUMAS VERDADES dissolve as fronteiras entre realidade, sonho e fantasia alegórica. E não quero dizer que isso seja uma boa notícia.
O documentário LOUIS ARMSTRONG’S BLACK & BLUES raspa um pouco a imagem do artista sorridente para enxergar dimensões menos badaladas de sua personalidade.
Meu passeio pela capital italiana em 2015 (texto e vídeo).
O PERDÃO retrata a saga de uma mulher iraniana em busca de reparação moral e de um novo romance numa sociedade em que o feminino está sempre sob suspeita.
A técnica brilhante, um pé no grotesco e um esboço de interpretação política não impedem que o PINÓQUIO de Guillermo del Toro descambe para a histeria das animações hollywoodianas recentes.
Em quase três densas horas, ONODA, 10.000 NOITES NA SELVA relata a história paranoica do “último soldado” japonês a se render depois da II Guerra.
Minhas impressões sobre JEANNE DIELMAN e os detalhes da minha lista para a Sight and Sound.
A COLEÇÃO ANTIRRACISTA faz um apanhado de ideias contra o racismo estrutural brasileiro e a herança colonial que perpetua as desigualdades raciais no país.