Coisa (baiana) de cinema

A Praça Castro Alves é do povo – e também do cinema. É ali no Centro de Salvador, diante da Baía de Todos os Santos, que fica o Espaço Itaú Glauber Rocha, sede do Panorama Internacional Coisa de Cinema. O festival iniciou ontem (quarta) sua 14ª edição.

Dirigido pelo casal cineasta e cinemeiro Claudio Marques & Marília Hughes, administradores do Espaço, o Panorama nasceu em 2002, quando ainda existia na capital baiana a memorável Jornada Internacional de Cinema da Bahia, dirigida pelo saudoso Guido Araújo (1934-2017). Enquanto a Jornada tinha um perfil voltado para documentários, filmes latino-americanos e obras de cunho político e social, o Panorama adotou o lema mais geral do cinema independente. Hoje, com o fim da Jornada, é o evento mais importante de cinema do estado, junto com o festival Cachoeira Doc.

O Panorama 2018 acontece em Salvador e Cachoeira, contando com 128 filmes de curta e longa metragens, divididos em oito mostras e mais algumas sessões especiais. Eu vou integrar o júri da competitiva nacional, juntamente com a curadora e pesquisadora argentina Florencia Mazzadi e o escritor e ativista baiano Hamilton Borges dos Santos (Walê).

Além das competitivas baiana, nacional e internacional, a programação inclui uma mostra comemorativa do centenário de Ingmar Bergman, uma de Spike Lee, um amplo Panorama Brasil e um pequeno Panorama Italiano. Nas sessões especiais estarão a versão remasterizada em 4k de Central do Brasil e filmes das cineastas nigerianas Chika Anadu e Ng’endo Mukii (animadora). Haverá ainda debates e oficinas de crítica, roteiro e montagem.

Vejam a programação e mais detalhes no site do festival, que segue até 21 de novembro.  

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