BOHEMIAN RHAPSODY
No Rio já tem até Rolezão LGBT para ver BOHEMIAN RHAPSODY no cinema. Um filme careta como esse despertar tal iniciativa diz muito sobre o brasil homofóbico de hoje. Um ano atrás, dois beijinhos gays não causariam mais que bocejos. Agora viraram bandeira de contestação.
O filme de Bryan Singer é decepcionante não apenas como libelo comportamental, mas também como cinebiografia de um astro pop. A história do Queen submerge a uma fórmula melodramática e a discussões intermináveis sobre a burocracia do rock. Freddie Mercury é visto somente pelos aspectos exteriores, sem jamais alcançar um nível razoável de intimidade.
Mesmo no nível da superfície, o espetáculo fraqueja. Rami Malek se esforça bastante na performance corporal, mas não transmite o porte do personagem real. Quando entra na trip autodestrutiva de Freddie, o filme passa batido pelos detalhes e nos entrega um retrato ligeiro, quase impessoal.
Historicamente, o Rio aparece como um ponto de virada na carreira da banda. O show no Rock in Rio de 1985 (vejam aqui o número Love of My Life) selou a auto-estima do grupo e, pelo que induz o roteiro, marcou a definitiva saída do armário de Freddie. Talvez isso explique o efeito que BOHEMIAN RHAPSODY vem provocando por aqui. No mais, os bastidores do rock poucas vezes soaram tão desinteressantes.
Pesquisa ruim, no Rock in Rio o Freddy Mercury já estava com o cabelo curto, não comprido como aparece mostrando o vídeo para Mary. E também o índio q colocaram como brasileiro na cena do hotel no Rio. Fora o moralismo do filme, a prótese do ator não tem explicação. Cruuuuuuuzes!
Ótimo comentário. Esse é um dos filmes mais superestimados dos úiltimos tempos.
Outro detalhe: Freddie Mercury não tinha olhos azuis! Também achei superficial, poderia ter cenas de arquivo, ser um filme incrível.