Perderam os direitistas hidrófobos, os homofóbicos, os racistas
Perderam os golpistas de última hora e língua de fora
Perderam os anti-petistas cheios de ódio irracional
Perderam os editores criminosos de jornais e revistas pautados pelo tucanato
Perderam os colunistas pusilânimes a serviço do retrocesso
Perderam os oportunistas à espera de cada manchete marrom
Perderam os reféns da televisão que amam seus algozes sem saber
Perderam os comunistas ressentidos de pijama encardido
Perderam os rancorosos das oportunidades perdidas
Perderam os nulistas indiferentes com cara de paisagem
Perderam os brutamontes da alienação política
Perderam os preconceituosos de lábio trêmulo
Perderam os perfumadinhos da elite conservadora
Perderam os defensores de privilégios oligárquicos
Perderam os corporativistas indignados
Perderam os intelectuais do bom-mocismo equivocado
Perderam os partidários da alternância acima da soberania popular
Perderam os covardes que se envergonharam do seu voto anti-povo
Perderam as vestais da moralidade pública que se corrompem no dia a dia
Perderam as ridículas cassandras do “perigo vermelho à vista”
Perderam as concubinas do fracasso
Perderam!
Excelente texto, irreparável. Peço autorização para compartilhar no meu Face.
Nem precisava pedir, Sidney. Abraço
Quanto ressentimento, meu deus! Depois dizem que foi o PSDB que esparramou essa cultura do ódio! Parece que o mais importante é jogar a vitória do PT na cara dos derrotados (nem sei se essa é a melhor expressão, já que a diferença de votos foi mínima), do que saboreá-la pelo que ela representa por si só. Votei no Aécio, lamentei sua derrota, mas a aceito porque faz parte das regras de democracia e desejo boa sorte à Dilma. Já o post, lamentável.
Agradeço tanto aos que estão se solidarizando quanto aos que estão questionando meu post. O espaço está aberto.
Um poema político simples, que sintetiza as complexidades de uma democracia jovem e carente. Parabéns Carlinhos. Vamos em frente, sem censura ou reprovação, procurando a convivência do possível num mundo de erráticos, loucos e insensatos.
Excelente texto, perderam quem não acreditou na visão do povo, agora continua a luta, sem ter medo de ser feliz.
Acho que agora, cabe aos que vencemos, continuar lutando para que mudanças inadiáveis sejam realizadas. A vitória justa (no sentido ambíguo que esta palavra tem e que uso) mostra o quanto o momento é delicado e como toda delicadeza exige rigor, ética, força para que o avesso, a brutalidade, não venha a ser de fato o vencedor.
PERDERAM é um título muito definitivo para a transitoriedade do evento pela pequena margem da diferença de votos e intensa reação dos oponentes. Mas o texto é bastante completo e elucidativo resumindo o atual contexto que me parece de forte irredutibilidade. O trabalho de esclarecer é árduo e de abstrata redundância.
Pena que vc use um blog sobre cinema pra despejar tanto ódio contra as pessoas que não votam nos seus candidatos ! Democracia é aceitar a diferença.Fascismo é o contrário.Lamentável !
Bigode, este não é “um blog sobre cinema”. É um blog pessoal em que escrevo sobre o que quiser. Repito que há muita gente decente que votou na oposição, e estes venceram também. Mas os que cito nesse post não merecem mesmo o meu apreço.
Publica um texto desses e quer criticar o ódio irracional dos outros…
Não tenho nenhum afeto pelos tipos mencionados, Fábio. Por quê esconder? Isso não quer dizer que todos os que votaram na oposição se enquadrem aí. Certamente há muita gente decente que não votou na Dilma. Esses também saíram vitoriosos.