Na próxima quinta-feira, dia 30, será entregue na Cidade do México a primeira edição do Prêmio Fênix de Cinema Ibero-americano. A iniciativa inédita é da associação Cinema23, composta por realizadores, críticos, exibidores, distribuidores, representantes de academias e festivais dos países da América Latina, Portugal e Espanha. As indicações de cada país foram feitas por um grupo amplo de membros, do qual participei pelo Brasil, e a seleção final foi levada a cabo por um grupo mais restrito, que integrei apenas para a escolha de documentários. Confira o site e a lista geral de indicados.
Ao prêmio de melhor longa de ficção concorrem os mexicanos A Jaula de Ouro, de Diego Quemada-Diez, Heli, de Amat Escalante, e Club Sandwich, de Fernando Eimbcke, além de Pelo Malo, de Mariana Rondón (Venezuela) e Jauja, de Lisandro Alonso (Argentina). Os mesmos cinco filmes competem em direção e roteiro. Os campeões de indicação são A Jaula de Ouro e Jauja (9 cada), Heli, Pelo Malo e o espanhol Las Brujas de Zugarramurdi (5 cada).
O Brasil chegou à reta final com indicações mais modestas: O Lobo Atrás da Porta concorre nas categorias atriz (Leandra Leal) e edição (Karen Akerman). Tatuagem disputa figurino e direção de arte. Há ainda a coprodução argentino-brasileira El Ardor, de Pablo Fendrik, competindo por fotografia e som.
Entre os documentários, que concorrem apenas a melhor filme, estão o português E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto, o catalão Sobre la Marxa, de Jordi Morató, o argentino Carta a un Padre, de Edgardo Cozarinsky, o mexicano Eco de la Montaña, de Nicolás Echavarría, e o chileno Ver y Escuchar, de José Luis Torres Leiva. Olho Nu, de Joel Pizzini, recebeu um bom número de indicações, mas não teve fôlego para chegar entre os cinco.
A Fipresci – Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica vai oferecer um prêmio especial ao crítico brasileiro José Carlos Avellar por sua contribuição ao pensamento cinematográfico na região.
Enquanto participava da indicação e avaliação de filmes, pude conhecer alguns dos melhores documentários ibero-americanos da temporada. Minhas escolhas pessoais não coincidiram totalmente com a média dos colegas. Vou comentá-los num dos próximos posts.
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