“Há uma ilusão biográfica segundo Pierre Bourdieu. Ou seja, toda biografia, por mais completa, encerra lacunas, vazios, indeterminações, representando, de fato, apenas alguns aspectos da complexidade de uma vida. Toda biografia é uma biografia sem fim, como afirma Felipe Pena. Sérgio Vilas Boas, por sua vez, a partir de conversações com Alberto Dines, chega a afirmar que ‘biografias não têm limites. São insubmissas e insubordináveis’.”
Assim começa a finíssima resenha que o escritor Hildeberto Barbosa Filho publicou no jornal A União da Paraíba e no Correio Braziliense sobre o livro que fiz com Vladimir Carvalho, Pedras na Lua e Pelejas no Planalto. Arguto e generoso, Hildeberto foi no cerne da questão de um livro escrito em primeira pessoa por uma terceira pessoa. E deixou o autor aqui todo orgulhoso.