Atualidades de Capovilla

Capovilla dirige Arrigo Barnabé em “Nervos de Aço”

Aqui vão as novidades no trabalho de mais um cineasta biografado por mim (Maurice Capovilla – A Imagem Crítica).

Capô concluiu há pouco, junto à montadora Marília Alvim, a edição de imagens do seu próximo longa-metragem, Nervos de Aço. Para finalizar o filme, ele depende agora de captar novos recursos. A coprodução do Canal Brasil e da produtora Saturna, com patrocínio da Petrobras e do Oi Futuro, é um misto de musical e drama romântico em cujo coração pulsam as canções de Lupicínio Rodrigues. O universo de traições, dores de cotovelo e apelos de reconciliação das músicas de Lupi fazem o roteiro, que vai e vem entre os ensaios de um show e a “realidade” dos personagens.

Lupicínio é uma velha paixão de Capô, reavivada há três anos quando ele viu o show Caixa de Ódio, de Arrigo Barnabé, em São Paulo. Para quem quiser conferir,  o show saiu em DVD e é exibido com frequência pelo Canal Brasil. Foi ali que o cineasta decidiu chamar Arrigo para ser o astro de seu filme. Ele vive um compositor em constantes rusgas amorosas com a cantora (a ótima Ana Paula Lonardi, na foto acima) durante a preparação de um show. É um filme de músicos, tanto quanto de atores. Matias Capovilla, filho do diretor e maestro, fez a direção musical e montou a banda quer toca à vera no filme.

De um primeiro corte que vi, ainda sem tratamento das imagens, mixagem do som etc, saí com a impressão de que este será o filme mais popular da carreira de Capovilla. Musicalmente, é da melhor qualidade. Arrigo está impagável como o amante à beira de um triângulo amoroso. A dramaticidade exacerbada de Lupi, tratada no limite entre a convicção e a paródia, gera momentos muito divertidos. Em meados de julho deve ficar pronta a primeira cópia digital. Capô quer inscrevê-lo em Gramado e no Festival de Havana.

Quando não está cuidando de Nervos de Aço, ele está na capital do Acre, onde coordena o núcleo audiovisual da Usina de Arte João Donato desde 2004. Nesse projeto inovador do governo acreano, Capovilla ajuda a promover a integração das áreas de cinema, teatro, música e artes visuais. Nos próximos meses, vai levar gente como Hernani Heffner, Amir Haddad e os integrantes de um núcleo de animação de Campinas para oficinas em Rio Branco. É o seu lado de professor (ex-UNB, EICTV-Cuba, Instituto Dragão do Mar), que nunca deixou de se manifestar em paralelo ao de realizador.

Mais adiante, Maurice Capovilla planeja concretizar o projeto de uma série de TV de corte antropológico, voltada para o lugar da mulher na família, no esporte, na política, no trabalho etc. Esse olhar sobre a mulher brasileira vai ecoar, de certa forma, a série Os Brasileiros – Retrato Falado de um Povo, que o mesmo Capô dirigiu nos anos 1980 para a TV Manchete. Dessa vez, as mulheres traiçoeiras de Lupicínio Rodrigues devem ficar fora do quadro.

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