Atitlán, o lago onde culturas se encontram

Compartilho hoje meu álbum de fotos do Lago Atitlán e de seus pueblos, na Guatemala.

No idioma Nahuatl, Atitlán significa “entre as águas”. Para quem chega à borda desse esplêndido lago, as águas cristalinas concorrem com a majestade das montanhas ao redor, encabeçadas pelos vulcões San Pedro, Atitlán e Tolimán. O explorador e naturalista alemão Alexander von Humboldt o chamou de “o mais belo lago do mundo”.

Para além da beleza natural, Atitlán é um dos locais mais propícios para se apreciar a vida tradicional dos descendentes dos maias convivendo com outras “tribos” que ali se instalaram em tempos mais modernos. Numa das poucas lanchas que cruzam o lago – o que garante uma paisagem sempre serena e harmônica – pode-se facilmente chegar aos treze pueblos situados em suas margens, quase todos com nomes de santos. Em dois dias que passamos lá, pudemos conhecer seis deles.

Panajachel, uma rara exceção não “santificada”, é onde a maioria dos turistas se hospeda para explorar a região. A cidade tem uma infraestrutura razoável, apesar de estar bastante tomada pelo comércio turístico. O hotel em que nos hospedamos, Jardines del Lago, tem a vantagem de ficar à beira do lago e ostentar bonitos jardins de frente para as águas e os vulcões.

Além de falarem línguas ligeiramente diferentes, cada pueblo tem uma personalidade própria, como se pode depreender das fotos que fiz. San Antonio Palopó é rústico, e suas mulheres se vestem uniformemente de tons entre o roxo e o azul marinho. Santiago Atitlán é mais colorido e movimentado. Ali é cultuada a divindade maia-católica Maximón, em cujo santuário tivemos a sorte de presenciar uma cerimônia de cura entre nuvens de incenso, velas multicores e balões de gás. San Juan La Laguna e San Pedro la Laguna são redutos de mochileiros, que se misturam com tecelãs nativas e uma infinidade de tuc-tucs, pequenos triciclos para transporte de passageiros. Por fim, visitamos San Marcos La Laguna, onde o povo de origem indígena convive com pós-hippies de várias partes do mundo, barracas de artesanato, casas de yoga e ruas cobertas de murais psicodélicos.

O pitoresco e o esplendor da Natureza parecem bem casados na multicultural Atitlán.

Veja as fotos.

2 comentários sobre “Atitlán, o lago onde culturas se encontram

  1. Não consegui comentar diretamente nas fotos, mas você já sabe que amo todas elas. O texto agora é a cereja de um bolo já delicioso mesmo sem cobertura

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