O Areal

Doc etno-½ ambiente. O chileno Sebastián Sepúlveda, ex-aluno da Escola de Cinema de Cuba, estreia na direção com este média rodado na Amazônia paraense. Sem pressa e com bom senso de observação, retrata o ritmo da vida numa comunidade de descendentes de escravos. Isolados, eles se cercam de uma mitologia cheia de pássaros encantados, lobisomens, sereias d’água, Matinta Pereira. Os relatos são bonitos e divertidos. O filme demora um pouco a instalar sua questão central: uma grande ponte está sendo construída ali perto, e a especulação se aproxima do areal supostamente mágico que os separa do resto do mundo. A lembrança de Arraial do Cabo se faz inevitável. Após um salto de três anos, finalmente o tema se apresenta: nem a aproximação do progresso, nem a chegada dos evangélicos pode enterrar as crendices, capazes de gerar tanto medo quanto alegria. Nesse caso, pelo menos, a cultura parece mais forte que o tempo. ♦♦

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