Hoje, 30 de abril de 2017, completam-se 120 anos do nascimento de Humberto Mauro. Trago aqui de novo a versão de Águas de Março que fiz seis anos atrás em sua homenagem e ao cinema brasileiro. É para ser cantada com a melodia e a métrica da canção de Tom Jobim.
É sol, é terra, é o Glauber gritando
É o dinheiro bem pouco, é o Dib filmando
É o riso da Leila, é a praia, é o sal
É a noite, o espantalho, Aruanda, Arraial
É a velha a fiar, é a terra estrangeira
Uirá, Candeias, é o Nelson Pereira
É A Ostra e o Vento, Denoy de Oliveira
É O Segredo da Múmia e também Grande Feira
É o Limite do Mário, é o Tarcísio Meira
É a Ganga, é O Grão, é o Tonico Pereira
É a Carmen posando, Edgard caprichando
Nas águas de Mauro, é Oscarito brincando
É Otelo, é Lewgoy, é a chanchada matreira
A câmera na mão, filme na cachoeira
É A Grande Cidade, é Cidade de Deus
É o Cabra Marcado, é Fernanda, é Matheus
É o Bandido Rogério, é o Anjo Bressane
A mão do Barreto, Total ou Gullane
É um Grito, é uma Greve, é uma luta, é um luto
É a Jordana editando, é o Cosme e o charuto
É a Tropa, é trepada, é a Dira atuando
É o palhaço Didi, é Eliana cantando
É a Ilha das Flores, é o Porto das Caixas
É a garrafa de cana, Estrada da Cachaça
É o projeto no pitching, é a luz na favela
É a equipe formada, é a tela, é a tela
Bota fé no edital, grana da Petrobras
Fundo setorial, quem dá mais, quem dá mais?
São as águas de Mauro inundando o sertão
É Pereio comendo a Dama do Lotação
É um saci, Curumim, é Bigode, é Lulu
É a Bete Balanço, Cacá, Lerfa Mu
São as águas de Mauro inundando o sertão
É a gentil Dona Flor semeando tesão
É sol, é terra, é O Fim do sem Fim
É o close na Xuxa, é o Satã do Karim
É um padre, é uma moça, é um Bravo Guerreiro
É O Canto do Mar, é o punhal cangaceiro
São as águas de Mauro inundando o sertão
É o céu se abrindo pro Moleque Tião
sol, terra, fim, carrinho
corta, monta, lança, jeitinho
Cao, Walter, Tata, Joel,
Manga, Silvio, Brant, Escorel
São as águas de Mauro inundando o sertão
É Iracema posando no meu coração.
Homenagem inspirada! Show! Mto bom!
Muito legal ter a sua aprovação, André. Um abraço
Genial, Carlinhos! Homenagem amorosa e bem humorada.
ATÉ SURGIR OUTRA INVENÇÃO É O HINO QUE FALTA AO CINEMA BRASILEIRO.
(Ely Azeredo)
Tens dito!
MUITO BOM
Verve poética! Linda e justíssima homenagem ao Mestre Humberto Mauro!