Páginas de futebol e política
Sem fugir ao modelão cabeças falantes + fotografias, PLACAR, A REVISTA MILITANTE faz um bom serviço de memória que também transcende a esfera esportiva.
Sem fugir ao modelão cabeças falantes + fotografias, PLACAR, A REVISTA MILITANTE faz um bom serviço de memória que também transcende a esfera esportiva.
NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE documenta as raízes da intentona da extrema direita que ameaçou de morte a democracia brasileira.
Bem narrado e interpretado, PACTO DA VIOLA arrisca-se a parecer um filme anacrônico na medida em que trata de crendices sertanejas ainda vigentes em meio a um Brasil rural em transformação.
Notas sobre os filmes NIKI DE SAINT-PHALLE (nos cinemas) e ARCHITECTON (em mostra brasiliense).
Notas sobre A MELHOR MÃE DO MUNDO e PATERNO. Duas classes sociais muito distintas, duas grandes cidades no pano de fundo, dois personagens em situação de risco, dois filmes de grande acuidade social.
Duas atrizes muito diferentes contracenam com todo o estranhamento que suas personas e personagens sugerem. A PRISIONEIRA DE BORDEAUX desenha um arco cômico-dramático envolvente, com belas surpresas no caminho.
Apesar de certas qualidades, NADA carece de substância para sua ambição metafísica. Afasta os termos do filme de terror e da ficção científica, mas não oferece muito em troca.
ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA É um filme comovente, bonito de ver, de sentir, de ouvir e de refletir assim: o Brasil precisa conhecer o Brasil. Resenha de Eneida Santos.
Por baixo da trama bobinha de AMORES MATERIALISTAS corre uma subcorrente levemente satírica sobre a commoditização do amor em sociedades desenvolvidas que atuam em função de resultados.
FILHOS, drama cortado a seco na habitual dureza do cinema dinamarquês, lida com o desejo de vingança e tenta questionar a ética do público.
O Programa Mais Médicos certamente tem um manancial de histórias a serem contadas com mais vigor e menos idealização do que em O DESERTO DE AKIN.
A partir desta quinta-feira, 31 de julho, o Grupo Estação traz ao Rio a mostra Terrinha à Vista, de documentários portugueses contemporâneos. Escrevo aqui sobre o excelente O QUE PODEM AS PALAVRAS e o dissonante CLANDESTINA.
ELTON JOHN: NEVER TOO LATE não é a primeira, nem a melhor cinebiografia do astro, mas para quem não viu outras ou é superfã, torna-se imperdível.
Um filme “das antigas” sobre um artista “das antigas”. Assim me pareceu MONSIEUR AZNAVOUR.
Notas sobre o francês APENAS ALGUNS DIAS e o relançamento de IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA.
Costa-Gavras se debruça sobre a morte com a ajuda de Régis Debray em UMA BELA VIDA. Não é assunto agradável, mas necessário e, afinal, incontornável.
Embora tenha um aspecto de doc-brodagem, interessado mais nas lembranças afetivas que num desenho acabado, CAZUZA: BOAS NOVAS tem seus momentos.
Valeria Bruni Tedeschi convoca nossa empatia até a última cena de ENTRE NÓS, O AMOR. O que talvez pareça um simples filme de mulher em crise acaba evoluindo para algo mais invulgar.
Em FILHOS DO MANGUE, Eliane Caffé trata de questões graves que têm frequentado o cinema brasileiro, mas o faz de maneira original, um tanto oblíqua, sem nada de óbvio.
Na soma de fatos pitorescos e do histórico pormenorizado do nascimento dos AFROSAMBAS, surge um documentário vibrante sobre um momento da nossa grandeza musical. Resenha de Paulo Lima.
EMMANUELLE 50 anos depois: quase duas horas de poses inócuas, cenas mal construídas e uma absoluta falta de tesão, seja sexual, seja cinematográfico.
A ambientação rústica de VERMIGLIO nas montanhas em 1944 sugeria algo na linha dos Taviani, mas logo se vê que a qualidade do argumento é muito inferior.
Foi enviada por engano uma notificação sobre o filme UMA BELA VIDA, cuja resenha só será publicada na próxima semana.
APOCALIPSE NOS TRÓPICOS é uma tentativa de compreender, histórica e miticamente, a ascensão dos evangélicos no Brasil tanto em número de fiéis, como em poder político. Para isso, Petra Costa segue o mandamento fundamental do bom documentário: escolha um personagem e veja o mundo através dele.
Com interpretações notáveis, inclusive de ator e atriz neurodivergentes, PEDAÇO DE MIM desenvolve um pequeno e habilidoso estudo sobre maternidade, autonomia e formação de família.
É através da Arquitetura que QUANDO O BRASIL ERA MODERNO repassa um vão de tempo da nossa história, quando éramos modernos, ou nos julgávamos destinados a um futuro radioso. Resenha de Paulo Lima.
O maior trunfo de O SILÊNCIO DAS OSTRAS é a caracterização de uma gente marcada para morrer pela exploração capitalista, o envenenamento das águas ou as avalanches de lama.
O assunto de DREAMS, Urso de Ouro em Berlim, é a paixão de uma aluna de 16 anos por sua professora, mas é também um filme sobre o trânsito entre a escrita e a realidade.
STELLA, VÍTIMA E CULPADA é uma barafunda de personagens e decisões mal embasadas dramaturgicamente, deixando mais lacunas que pistas sobre o comportamento e a consciência de uma mulher judia colaborando com a Gestapo.
O “goiestern” OESTE OUTRA VEZ é de uma originalidade absoluta em termos de cinema brasileiro. Está no streaming e é candidato à minha lista de melhores do ano.