Marguerite Duras e a espera
A maestria de Marguerite Duras em criar um distanciamento literário entre fatos e seu relato passa a salvo do livro para o filme em MEMÓRIAS DA DOR
A maestria de Marguerite Duras em criar um distanciamento literário entre fatos e seu relato passa a salvo do livro para o filme em MEMÓRIAS DA DOR
Em INFERNINHO, a estética de papel crepom combina bem com a proposta de uma fábula romântica e ao mesmo tempo patética.
Gabriela Amaral Almeida encara de frente a matéria bruta do terror psicológico na fronteira com o horror social em A SOMBRA DO PAI.
THE CLEANERS é um doc-thriller noir que discute a intervenção dos faxineiros da internet
Apesar do ponto de vista pouco claro e da duração excessiva, EXCELENTÍSSIMOS faz um dossiê sobre o avanço da direita e da extrema-direita no cenário institucional.
A maneira como cada uma dessas artistas se coloca na arte e no mundo determinou o formato dos respectivos documentários.
Há um tempero tipicamente argentino – e quiçá italiano – nesse misto de amoralismo impiedoso e simpatia humanística.
AZOUGUE NAZARÉ encena a batalha da Bíblia contra o maracatu na Zona da Mata pernambucana.
Welles, Sakamoto, Alice Guy-Blaché, Waldheim, Ming-Liang, Guy Maddin
Após 35 anos de sua morte, o Lumière de Cataguases ganha um tributo à altura do cinema contemporâneo.
O filme tenta se equilibrar oportunisticamente entre um atrevimento sexual desprovido de maior sentido e uma ingenuidade dramatúrgica de pouco alcance.
Resenha escrita em abril último, por ocasião do Festival É Tudo Verdade, antes, portanto, dos episódios que cercaram as recentes eleições brasileiras.
Ao voltar-se para seus diários da época da II Guerra, quando seu marido era preso e deportado para um campo de concentração, Marguerite Duras reexamina a si mesma, sua consciência ética e afetiva.
O novo filme de Pablo Trapero acumula polos dramáticos exacerbados em ritmo de telenovela e se encaminha para um desfecho quase patológico no campo do relacionamento fraternal.
Karim Aïnouz mantém-se fiel à condição de estrangeiro radicado em Berlim. Em sua estada naquele aeroporto, ele estava filmando seus semelhantes.
A intenção, ao que parece, é que o filme funcione, ele mesmo, como uma cerimônia de conjuração das almas errantes para, senão apagar a dor de tantos horrores, pelo menos aplacar o trauma nacional, que um dos personagens nomeia como “o carma do Camboja”.
Kusturica presta um belo serviço à consciência estrangeira quanto à política latino-americana num momento em que o legado de presidentes progressistas está sendo achincalhado pelo avanço da direita e do neofascismo.
Premiado em Cannes, esse é um filme centrado na cisão da consciência e do imaginário indígenas.
Bobby, Eddy e David foram trigêmeos separados aos seis meses de idade e adotados por três famílias de classes sociais distintas. A forma como eles um dia se descobriram por acaso já seria assunto para um filme, mas TRÊS ESTRANHOS IDÊNTICOS vai muito, muito além disso.
Orgulho e tragédia brasileiros no longa CLEMENTINA e no curta MAIS TRISTE QUE CHUVA NUM RECREIO DE COLÉGIO.