Balanço e favoritos de 2024
Os filmes que mais amei (entre muitos) e alguns destaques do meu percurso em 2024.
Os filmes que mais amei (entre muitos) e alguns destaques do meu percurso em 2024.
TRILHA SONORA PARA UM GOLPE DE ESTADO é um filme excessivo, no bom e no mau sentidos. Um documentário histórico ao ritmo do jazz.
O que disseram do meu video-ensaio.
Em MAIS UM DIA, ZONA NORTE, Allan Ribeiro vai buscar sementes de criatividade e graça que brotam na existência comum, num dia qualquer, em qualquer ponto da cidade.
No curta EU FUI ASSISTENTE DE EDUARDO COUTINHO, uma homenagem que brinca com as escolhas do cinema.
Além de nos presentear com a verve provocante das falas de Heloísa (ex-Buarque de Hollanda), O NASCIMENTO DE H. TEIXEIRA fornece um fluxo precioso de imagens da contracultura nas últimas sete décadas.
NO OTHER LAND expõe em detalhes a razão pela qual a ocupação das terras palestinas atrai e merece o repúdio mais implacável do mundo.
O curta OS MORTOS RESISTIRÃO PARA SEMPRE compartilha a mesma indignação.
A INVENÇÃO DO OUTRO traz até nós imagens preciosas do trabalho do indigenista Bruno Pereira e do reencontro emocionado entre parentes de uma tribo indígena.
À imagem de “invasores de terras” e “comunistas”, difundida na mídia empresarial e nos bolsões da extrema-direita, o documentário DE QUANTA TERRA PRECISA O HOMEM? contrapõe a realidade de uma cultura comunitária que valoriza a família, a educação e o respeito pela natureza.
Notas sobre os documentários PORTO DE ORIGEM, O RIO DE BENJAMIM COSTALLAT e NITERÓI DE MEMÓRIAS.
A cena ballroom do Rio de Janeiro chega às telas com sua energia antinormativa no documentário SALÃO DE BAILE, vencedor do Mix Brasil.
SOLDADOS DA BORRACHA é o relato de um grande fracasso institucional, mas também um apanhado de recordações que se equipara aos melhores filmes de Eduardo Coutinho.
Em EMPATE, Sérgio Carvalho tomou o pulso da disposição dos seringueiros para a luta contra os “fazedores de deserto”, que derrubam a floresta para dar terra ao pasto.
O documentário OS SONHOS DE PEPE faz um contraste gritante entre a retórica mansa e pausada de Mujica e o frenesi visual da edição que mistura um comentário crítico sobre as sociedades com flashes turíticos dos locais visitados.
CORPO PRESENTE é um filme-ensaio sobre o corpo como instância de onde tudo nasce e para onde tudo converge. Estamos, portanto, no reino da individualidade mais irredutível.
Thriller de terror matriarcal, A HERANÇA tem certa habilidade em manusear os tropos do gênero.
“171” nos dá o prazer de navegar nas ondas ardilosas e divertidas de seis pseudo-profissionais da mentira. Para seu diretor, é um passo além na exploração do falso no documentário.
Mais que o enredo em si, o que me conquistou em NAYOLA foi mesmo a qualidade da animação enquanto arte visual.
O documentário RAZÕES AFRICANAS usa performances e didatismo para falar da herança africana na música das Américas.
MAPUTO NAKUZANDZA recorre ao formato das antigas sinfonias de cidades para revelar (e fantasiar) um dia na vida da capital de Moçambique. Um misto de documentário, ficção e experimentação.
O veredeiro que dá título ao documentário SANTINO é mais um personagem ao mesmo tempo simplório e extraordinário que atrai o interesse de Cao Guimarães.
O DIA DA POSSE faz uma singela afirmação de saúde na esfera privada em meio à crise sanitária e política por que passava o Brasil no seu plano público em 2020.
A série ENCONTROS COM O CINEMA AFRICANO, de Joel Zito Araújo, quer reduzir um imenso déficit no nosso conhecimento. A partir de hoje (2/11) na TV Brasil.
O Brasil empobrece um bocado sem o olhar de Vladimir Carvalho. O “cabra” nos deixa, mas seus filmes e sua memória já têm sobrevivência garantida entre nós.
Na Mostra de SP, o resgate de AUTO DE VITÓRIA, curta híbrido que Geraldo Sarno considerava mais importante do que “Viramundo”.
De Maria Prestes a Marielle Franco, passando por Olga Benário e Dilma Rousseff, o documentário MARIAS propõe uma linhagem de bravas mulheres que representam o melhor da consciência política brasileira.
A produção senegalesa BANEL & ADAMA trata da oposição clássica entre as liberdades do amor romântico e as convenções de uma sociedade baseada nas crenças e na tradição.
Para tratar de assunto árido à percepção leiga, Ana Costa Ribeiro optou por poetizar o campo da Ciência. TERMODIELÉTRICO é um documentário eivado de intenções poéticas e calcado na história de sua família.
Uma bela imersão no imaginário yanomami e um alerta sobre o apocalipse – eis A QUEDA DO CÉU, que passa no Festival do Rio.
ASSEXYBILIDADE é um manifesto contra o capacitismo, o preconceito segundo o qual as pessoas com deficiência seriam incapacitadas para a vida – e para o sexo.
Apesar de uma montagem problemática, TERRA DE CIGANOS faz um painel colorido e sugestivo desse povo que se intitula “reis do nada” e ao mesmo tempo “perfume da Terra”. Dia 26/9 nos cinemas.
É Tudo Verdade: ANTONIO CANDIDO – ANOTAÇÕES FINAIS mostra o retrato de um homem profundamente lúcido em sua cerimônia do adeus. Resenha de Paulo Lima.
O documentário FAYE – ENTRE LUZES E SOMBRAS pode não ir tão fundo quanto o inferno pessoal de Faye sugeriria, mas é um exposé bem considerável.
Confiram meu vídeo-ensaio sobre cenários de catástrofes reais em filmes de ficção. Boa viagem ao fim do mundo!