Festival do Rio: “A Voz de Hind Rajab”
A principal força e razão de ser de A VOZ DE HIND RAJAB está já no seu título. É o uso da voz real da menina de seis anos que pereceu sob tiros de soldados israelenses num posto de gasolina de Gaza.
A principal força e razão de ser de A VOZ DE HIND RAJAB está já no seu título. É o uso da voz real da menina de seis anos que pereceu sob tiros de soldados israelenses num posto de gasolina de Gaza.
A identificação entre cineasta e personagem é reforçada pela voz da primeira lendo as cartas da segunda. Soa como uma perfeita simbiose em ELIZABETH BISHOP: DO BRASIL COM AMOR.
Em LA GRAZIA, Toni Servillo é a encarnação perfeita desse homem austero e frágil, impávido até a medula, dividido entre suas convicções e os apelos de uma sociedade que quer se mover no tempo.
O ativista Honestino Guimarães tem sua história contada com verve e criatividade em HONESTINO, misto de documentário e ficção de Aurélio Michiles.
Em EU NÃO TE OUÇO, Caco Ciocler eleva um fait-divers da crônica política recente ao nível de um fascinante estudo de personagens.
Flavia Castro inspira-se em experiências da infância em AS VITRINES e Cristiana Grumbach resgata um sarau com Eduardo Coutinho e amizades no curta HABITAR O TEMPO.
Os textos incandescentes de Ezequiel Neves estão no cerne do documentário NINGUÉM PODE PROVAR NADA. O “avô do rock brasileiro” recebe aqui o tributo que merecia. Exagerado e transgressor como ele.
Nos créditos finais de MEU TEMPO É AGORA, a diretora Sandra Werneck se inclui entre as personagens, mulheres hoje com mais de 70 anos e que têm coisas interessantes a dizer sobre o momento em que estão nas suas vidas. Sandra fala através delas – diversas, inteligentes e lúcidas.
REJEITO documenta a situação de pânico permanente da população que vive à mercê das barragens de rejeitos. Um filme contundente.