Uma joia da animação eslava

Na fronteira entre o realismo live action e a transcendência das artes plásticas, CAMPONESES é uma joia que mereceria exibição em tela de cinema. Por ora, está só no streaming.

Uma noite para não esquecer

MEU BOLO FAVORITO toca em emoções fortes e contrastantes, além de desafiar diversos tabus da representação de gente comum no Irã. Seus diretores estão sob custódia policial.

O cinema ainda pode operar milagres?

Estruturando a narrativa de CERRAR LOS OJOS principalmente em 11 longos diálogos, Victor Erice propõe aqui uma meditação sobre o que somos para além dos nossos nomes, e até mesmo de nossos rostos.

Três atos de um casal na China

Usando cenas filmadas em diferentes épocas, LEVADOS PELAS MARÉS faz um retrato impressionista da mulher chinesa e das transições do próprio país, como de praxe em Jia Zhang-ke.

A bordo do barco modernista

Na mistura de apuro estético e jocosidade chanchadeira de MÁRIO DE ANDRADE, O TURISTA APRENDIZ, Murilo Salles nos oferece um de seus trabalhos mais instigantes – e um dos mais encharcados de música.

A graça que brota do comum

Em MAIS UM DIA, ZONA NORTE, Allan Ribeiro vai buscar sementes de criatividade e graça que brotam na existência comum, num dia qualquer, em qualquer ponto da cidade.
No curta EU FUI ASSISTENTE DE EDUARDO COUTINHO, uma homenagem que brinca com as escolhas do cinema.

Arca sem Noé

Aventura de sobrevivência, FLOW cativa o público principalmente pelo tratamento que dá a seus bichos-personagens.

Uma imensa paisagem

Além de nos presentear com a verve provocante das falas de Heloísa (ex-Buarque de Hollanda), O NASCIMENTO DE H. TEIXEIRA fornece um fluxo precioso de imagens da contracultura nas últimas sete décadas.

Para conhecer melhor o MST

À imagem de “invasores de terras” e “comunistas”, difundida na mídia empresarial e nos bolsões da extrema-direita, o documentário DE QUANTA TERRA PRECISA O HOMEM? contrapõe a realidade de uma cultura comunitária que valoriza a família, a educação e o respeito pela natureza.

Seringueiros: na guerra, nas lutas

SOLDADOS DA BORRACHA é o relato de um grande fracasso institucional, mas também um apanhado de recordações que se equipara aos melhores filmes de Eduardo Coutinho.
Em EMPATE, Sérgio Carvalho tomou o pulso da disposição dos seringueiros para a luta contra os “fazedores de deserto”, que derrubam a floresta para dar terra ao pasto.

Mujica em (muito) movimento

O documentário OS SONHOS DE PEPE faz um contraste gritante entre a retórica mansa e pausada de Mujica e o frenesi visual da edição que mistura um comentário crítico sobre as sociedades com flashes turíticos dos locais visitados.

Retrato e estética de uma geração

O relançamento de FELIZ ANO VELHO oferece a oportunidade de uma nova apreciação do primeiro longa de ficção de Roberto Gervitz e uma angulação adicional ao novo filme de Walter Salles. De quebra, temos um condensado do estado da arte do cinema brasileiro nos anos 1980.

Rindo do rei

Embora seja um espetáculo-padrão, A FAVORITA DO REI veicula leitura sardônica de uma monarquia já condenada à guilhotina antes do tempo.

Corpos em transe e em risco

CORPO PRESENTE é um filme-ensaio sobre o corpo como instância de onde tudo nasce e para onde tudo converge. Estamos, portanto, no reino da individualidade mais irredutível.
Thriller de terror matriarcal, A HERANÇA tem certa habilidade em manusear os tropos do gênero.

Do Líbano, com amor

O rigor estético de RETRATO DE UM CERTO ORIENTE agrada aos olhos e aos ouvidos, mas acaba por tornar o filme um tanto “arrumado” demais e relativamente frio quanto às emoções e à sensualidade de que trata.