A imagem que fala (5)

Novas fotos exclusivas de imagens da quarentena enviadas ao blog por artistas e escritores amigos.

Veja as postagens anteriores:
A imagem que fala (1)
A imagem que fala (2)
A imagem que fala (3)
A imagem que fala (4)

Reuni neste post algumas fotos de natureza bucólica com que esses queridos e essas queridas atenderam ao meu pedido.

Cao Guimarães

“A terra, as plantas: A vida”. Balneário de Marindia, Caneones, Uruguai.


Sara Antunes

“Eu tenho essa árvore em casa, nativa da Amazônia, chamada Pau-Mulato, eu que plantei. E nessa quarentena meu filho mais velho se apaixonou por ela. Começou batizando-a de Senhora Árvore, depois vieram os abraços, conversas, até o inicio das aventuras. A parte boa de todo dia é ver Benjamim subindo na Senhora Árvore”. São Paulo, SP


Ronaldo Werneck

“A paz, o mar de morros, as nuvens de Humberto Mauro: Minas em plano geral. Súbito o Shangri-lá, rancho onde me refugio nos arredores de Cataguases, é assomado pelo real:
‘curva curva curva/ turva turva turva/ a peste pede passagem’. Vejam o poema na íntegra” 


Clara Linhart

Na quarentena, ganhei uma orquídea para me fazer companhia”. Rio de Janeiro, RJ 


Evaldo Mocarzel

“Quando Voam os Sabiás – A alusão ao filme de Mikhail Kalatozov, Quando Voam as Cegonhas, não é meramente acidental, mas deliberada. Na produção da Mosfilm, que conquistou a Palma de Ouro em 1958, o voo das cegonhas era uma espécie de metáfora da felicidade, de uma bonança romântica que logo seria destroçada pelos horrores da Segunda Guerra Mundial. Nesse prolongado período de quarentena, vejo os pássaros, principalmente sabiás, livres na janela do meu apartamento em São Paulo, a três quadras da Avenida Paulista, enquanto permaneço confinado com a minha família há várias semanas. Todo dia coloco um pedaço de mamão na janela para atrair os pássaros, cujo voo intermitente me dá alento para pensar que tudo isso vai passar.”