Os infernos da alma segundo Munch
MUNCH: AMOR, FANTASMAS E VAMPIRAS não é propriamente uma biografia do pintor, mas um arrazoado sobre as relações e influências de Edvard Munch à luz da Escandinávia do seu tempo.
MUNCH: AMOR, FANTASMAS E VAMPIRAS não é propriamente uma biografia do pintor, mas um arrazoado sobre as relações e influências de Edvard Munch à luz da Escandinávia do seu tempo.
A história do pianista Moisés Mattos é dessas exemplares de uma ascensão quase improvável. Ele mesmo nos conta no documentário 3 ATOS DE MOISÉS.
APOLO foi concebido como uma carta ao bebê em gestação. Uma carta de amor e esclarecimento que parece se dirigir a toda uma sociedade que precisa assimilar outras formas de composição familiar que coloquem a felicidade acima das convenções.
Com o filme-ensaio PARAÍSO, Ana Rieper quer tornar visíveis e audíveis os traços de um Brasil escravocrata que se perpetuam até hoje. Estreia no canal Curta!
Dos vários filmes já feitos sobre o genocídio em Gaza, GUARDE O CORAÇÃO NA PALMA DA MÃO E CAMINHE tem o diferencial de mostrar a chacina pelo ponto de vista de uma única pessoa. Um relato dilacerante.
Forte candidato a disputar com “Apocalipse nos Trópicos” uma vaga entre os indicados ao Oscar de longa documentário, A VIZINHA PERFEITA, em cartaz na Netflix, é um filme problemático.
Uma bela imersão no imaginário yanomami e um alerta sobre o apocalipse – eis A QUEDA DO CÉU, que finalmente chega ao circuito.
Embora um tanto dispersivo pelo acúmulo de informações, MALDITO MODIGLIANI não deixa de ser interessante para os amantes da arte.
Em BRASILIANA – O MUSICAL NEGRO QUE APRESENTOU O BRASIL AO MUNDO, Joel Zito Araújo demonstra o êxito da companhia sem fugir dos aspectos controversos. No canal Curta!
Em 20 episódios, a série RAIZ faz o perfil de artistas afrodescendentes cujo trabalho provocativo e inovador abre fronteiras para a própria arte brasileira.
O mais longevo e mais anarquista poeta estadunidense narra sua vida e seus feitos no documentário O ÚLTIMO BEAT. No streaming da Mostra de SP. Resenha de Paulo Lima.
O documentário SUPER/MAN – A HISTÓRIA DE CHRISTOPHER REEVE navega nas águas da comoção para trazer à tona a história não só de Christopher, mas de sua família.
Foi o autoconcedido e gozador título aristocrático que conduziu Aparício Torelly pela vida afora. E que vida, agora contada no documentário O BRASIL QUE NÃO HOUVE – AS AVENTURAS DO BARÃO DE ITARARÉ NO REINO DE GETÚLIO VARGAS. Resenha de Paulo Lima
No elegante filme-ensaio FILMAR OU MORRER, Lúcia Nagib monta uma constelação sobre a morte e a sobrevivência de um certo tipo de cinema. O filme está na Mostra de Cinema de SP.
A identificação entre cineasta e personagem é reforçada pela voz da primeira lendo as cartas da segunda. Soa como uma perfeita simbiose em ELIZABETH BISHOP: DO BRASIL COM AMOR.
O ativista Honestino Guimarães tem sua história contada com verve e criatividade em HONESTINO, misto de documentário e ficção de Aurélio Michiles.
Flavia Castro inspira-se em experiências da infância em AS VITRINES e Cristiana Grumbach resgata um sarau com Eduardo Coutinho e amizades no curta HABITAR O TEMPO.
Os textos incandescentes de Ezequiel Neves estão no cerne do documentário NINGUÉM PODE PROVAR NADA. O “avô do rock brasileiro” recebe aqui o tributo que merecia. Exagerado e transgressor como ele.
Nos créditos finais de MEU TEMPO É AGORA, a diretora Sandra Werneck se inclui entre as personagens, mulheres hoje com mais de 70 anos e que têm coisas interessantes a dizer sobre o momento em que estão nas suas vidas. Sandra fala através delas – diversas, inteligentes e lúcidas.
REJEITO documenta a situação de pânico permanente da população que vive à mercê das barragens de rejeitos. Um filme contundente.
Uma bonita montagem de depoimentos modulados por música reconta a trajetória do pianista. Mas MISTY: A HISTÓRIA DE ERROLL GARNER não é uma hagiografia sem contrapontos.
MARJOE, Oscar de documentário de 1973, é a confissão de um farsante como tantos da igreja evangélica. Eu trouxe o link para quem quiser ver.
Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé enchem a tela de simpatia, mas 3 OBÁS DE XANGÔ não escapa dos clichês sobre o conceito de baianidade. O documentário entra em cartaz a 4 de setembro.
Mesmo que se arrisque a tangenciar a exploração de uma comicidade etarista em SEU CAVALCANTI, Leonardo Lacca confia na afetividade para fazer do avô um personagem amorosamente pitoresco. Em cartaz a partir de 11 de setembro.
NEIRUD conta uma história de amor e de família afetiva, somada a uma crônica do circo de periferia. A narração oral, porém, não deixa margem para a imaginação ou a dedução do espectador.
Sem fugir ao modelão cabeças falantes + fotografias, PLACAR, A REVISTA MILITANTE faz um bom serviço de memória que também transcende a esfera esportiva.
NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE documenta as raízes da intentona da extrema direita que ameaçou de morte a democracia brasileira.
Notas sobre os filmes NIKI DE SAINT-PHALLE (nos cinemas) e ARCHITECTON (em mostra brasiliense).
ALDO BALDIN – UMA VIDA PELA MÚSICA É um filme comovente, bonito de ver, de sentir, de ouvir e de refletir assim: o Brasil precisa conhecer o Brasil. Resenha de Eneida Santos.
A partir desta quinta-feira, 31 de julho, o Grupo Estação traz ao Rio a mostra Terrinha à Vista, de documentários portugueses contemporâneos. Escrevo aqui sobre o excelente O QUE PODEM AS PALAVRAS e o dissonante CLANDESTINA.