JÁ QUE NINGUÉM ME TIRA PRA DANÇAR
Documentário de Ana Maria Magalhães sobre sua amiga Leila Diniz fica disponível gratuitamente na plataforma Itaú Cultural Play dias 15 e 16 de janeiro, entre 19h00 e 23h00, em todo o país.
Ana Maria Magalhães e Leila Diniz tinham em comum, além de uma grande amizade, o lugar de estrelas do cinema brasileiro nos anos 1960 e 1970, bem como uma aura de feminilidade não convencional. Em 1982, dez anos depois da morte de Leila num desastre aéreo, Ana gravou uma série de entrevistas e imagens sobre a amiga. Esse material, na maior parte inédito desde então, é resgatado agora num novo documentário. Lá estão Paulo José, Nelson Pereira dos Santos, Tarso de Castro, Domingos Oliveira, Maria Gladys, Marieta Severo, Hugo Carvana, o cronista Carlinhos de Oliveira, o humorista Carlos Leite, Nelson Sargento, Claudio Marzo, Bety Faria, Luiz Carlos Lacerda, Luiz Eduardo Prado e o advogado Marcelo Cerqueira desfiando suas memórias da solar Leila.
O tom é de admiração sem frestas. A imagem de liberdade, rebeldia, simpatia e mais um monte de substantivos adjetivantes é fartamente reiterada. Leila era feminista e feminina, libertária e amorosa, sensual e descontraída. “Ela gostava de gente”, diz alguém. “Tirava a vida de letra”, ajunta outro. Paulo José, a meu ver, faz os comentários mais penetrantes, como ao discorrer sobre a separação entre o amor que nutriam (de fato) diante das câmeras e a simples amizade no resto do tempo. Ou sobre a capacidade de Leila de desarmar as armadilhas da relação entre homem e mulher.
Ruy Guerra, o companheiro mais longevo de Leila e pai de sua única filha, não entrou na roda de depoimentos, figurando apenas como material de arquivo. Material, aliás, onde constam algumas pérolas. Numa delas, Ana e Leila aparecem dançando godardianamente num trecho do projeto As Bandidas, de Gustavo Dahl, nunca concluído.
Ana de vez em quando toma a palavra numa espécie de carta atual à amiga. Nesses 50 anos desde aquela queda de avião, o país passou por muita coisa antes de voltar ao estado de regressão em que hoje se encontra – e no qual Leila, síntese de todas as mulheres do mundo, faz tanta falta. Ela brilha nas cenas dos filmes que fez e no legado que deixou para a libertação da mulher brasileira.
nao consogo ver nada de bom no que ela fez,mas fez o que??falou um monte de palavroes e baixarias,issi é está a frente do seu tempo hahaha,a frente de seu tempo foi nossas mães,avós e outras mulheres importatntes,que nao confudiram liberdade com promiscuidade,me poupe!!
Paula, faço questão de deixar seu comentário aqui como exemplo de obscurantismo e de péssimo português.