Compartilho aqui meu álbum de fotos do sítio arqueológico de Monte Albán, no México. É o último referente a minha recente viagem a Guatemala e México.
Situado a 20 minutos de carro do centro de Oaxaca, Monte Albán foi a maior cidade pré-hispânica da região. Teve vida ativa entre os séculos 500 AC e 850 DC, funcionando como um verdadeiro estado, dirigido pela classe sacerdotal.
A visita hoje é facilitada não só pela proximidade, como também por seus vestígios se concentrarem num espaço restrito, no topo do monte. Consiste basicamente de uma grande praça central rodeada de estruturas de pedra. Ao redor se estende o grande vale oaxaquenho. A impressão é sobretudo de equilíbrio e solenidade para quem contempla o conjunto do alto de uma das plataformas.
Um dos pontos mais curiosos é a chamada Galeria dos Dançantes, recinto que abriga uma série de “estelas”, grandes blocos de pedra gravados com figuras em poses coreográficas, algumas delas na posição horizontal. Outro destaque é o campo do jogo de pelota, esporte clássico da era pré-hispânica em que os jogadores tentavam fazer a bola passar por um pequeno arco movendo-a somente com os flancos do tronco e das pernas, sem uso de pés nem mãos. Os dois blocos de arquibancadas estão entre os mais bem conservados da Mesoamérica.
As várias construções em forma retangular ou de pequenas pirâmides são chamadas de “edifícios” e tinham usos diversificados pelos zapotecas e mixtecas que habitaram Monte Albán. Num deles foram encontrados os tesouros que agora estão expostos em museus da cidade de Oaxaca.
Quando eu me deliciava com a vista da grande praça do alto da Plataforma Norte (foto acima), não pude conter o riso com o que ouvi. Um grupo de escolares acabava de chegar ao topo e o professor lhes perguntou que sensação tinham ao contemplar a cidade daquele ângulo precioso. Houve alguns segundos de silêncio sob o sol quente antes que viesse a primeira resposta de uma menina:
– “Calor!”
carmattos 