Na última sexta-feira (3/9), fiz uma palestra virtual para os alunos de Cinema da Universidade de Fortaleza, a convite do professor, diretor e grande técnico de som Márcio Câmara. O tema foi o Realômetro, invenção minha que apresentei pela primeira vez online.
O Realômetro nada mais é que uma escala pela qual se pode avaliar o teor de real e invenção existente em cada tipo de filme, desde aquele mais abstrato possível até o registro mais bruto de um fato real. Para exemplificar esses extremos, tomei um curta abstrato pintado à mão na película por Stan Brakhage e o flagrante feito por Abraham Zapruder do assassinato de John F. Kennedy. Vejam os dois abaixo:
Muito se discute sobre as diferenças e diálogos entre ficção e documentário. O que nem sempre se leva em conta são as mil e uma gradações em que o real penetra na invenção cinematográfica e vice-versa. O Realômetro é uma forma possível de se enxergar melhor essas interações, para além de fronteiras fixas ou teorias relativistas.
Na palestra, exibi pequenos trechos de filmes e propus uma caminhada, de um extremo a outro, através das diversas formas de interação existentes entre a apropriação do mundo compartilhado socialmente e a invenção artística dos cineastas. Márcio Câmara disponibilizou a gravação no Youtube:
Adorei a sua ideia!! Realômetro!! Era só essa que faltava!!! Vou conferir!
Faltava. Agora não falta mais, kkkkk