O jornalista Paulo Lima, editor da revista eletrônica Balaio de Notícias, viu o documentário The Love We Make, recém-lançado em DVD no Brasil, e conta pra gente suas impressões:
A essa altura, não são poucos os documentários que têm como tema a tragédia do 11 de setembro. Acaba de aterrisar por aqui mais um desses, The Love We Make, do batuta Albert Maysles. Só que esse doc tem um pé no celebrity world, já que mostra os bastidores da participação de Paul McCartney no concerto beneficente realizado logo após os atentados.
Para os beatlemaníacos, ou mccartneymaníacos, ou mayslesmaníacos, é um prato cheio. Primeiro, pela textura do doc: um p&b granulado de encher os olhos, que contribui para enfatizar o caráter histórico de um dos maiores acontecimentos do século 21. A opção pelo p&b (pensei nisso agora) também reflete, talvez, a intenção de Maysles de situar Paul no contexto histórico-musical que lhe é devido, como um dos eternos membros dos fab four.
Segundo, que é uma maravilha poder ver o beatle Paul flanando alegremente em Nova York, sendo assediado por gregos e troianos nas ruas da cidade, que não acreditam estar diante do homem em carne e osso, confirmando sua popularidade de beatle eterno.
Por acréscimo, temos a chance de ver um pouco dos bastidores do milionário mundo do rock and roll e suas estrelas. Paul esbanja bom humor e inteligência veloz. Podemos entender, a partir dessa pequena amostra de Al (que é como Paul se refere a Albert Maysles no documentário), porque brotou daquela mente boa parte das mais belas canções do quarteto de Liverpool.
Há quem possa dizer que o doc traz um Maysles de entressafra, mostrando um Paul envolvido num animado convescote pró-elevação da moral dos novaiorquinos. Que seja. E, se assim for, já é o bastante. Afinal, é Albert Maysles. E Sir Paul McCartney.
Aqui uma pitada do doc mostrando Sir Paul batendo perna nas ruas de NYC e sendo alvo do afago dos fãs de todas as idades e geografias:
Paulo Lima