Duas das melhores frases que ouvi ultimamente numa sala escura foram em filmes de Chris Marker, na recente mostra do CCBB-Rio:
“Os japoneses adoram cortar coisas. E quando não têm mais o que cortar, cortam a si mesmos.” (Vive la Baleine)
“O passado é como o estrangeiro: não é questão de distância, mas de cruzar uma fronteira.” (L’Ambassade)
Uma outra frase da mesma sessão de L’Ambassade. Em “Balada Berlinense” ele falava algo como:
Atravessar essa fronteira era um sonho, hoje é uma formalidade, amanhã será apenas uma lembrança.
Essa intimidade do espaço com o tempo me lembrou Cacaso:
“Minha pátria é minha infância, por isto vivo no exílio”