Odeio comilança nas salas de cinema. Mas como me garantiram que cada coisa vai ter seu lugar, não resisti ao convite para conhecer o Slow Filme – Festival Internacional de Cinema e Alimentação. Durante quatro dias a partir de hoje (quinta), ele movimenta a cidade de Pirenópolis, joia paisagística e histórica de Goiás. Embarco amanhã para um fim de semana de degustações antes de arribar para o Cineport, em João Pessoa.
Chego a tempo de assistir à apresentação dos curtas História da Cerveja em Santa Catarina, de Andreas Peter, e Cerveja Falada, de Guto Lima, Demétrio Panarotto e Luiz Henrique Cudo. Se o avião atrasar demais, mesmo assim devo pegar a degustação de cervejas artesanais com o mestre cervejeiro Marco Falcone, prevista para depois da sessão. Para a noite de sábado, Helvécio Ratton já me prometeu uns quitutes especiais em seguida à pré-estreia do seu doc O Mineiro e o Queijo, que pretende harmonizar artesanato, tradição, culinária e política em torno do queijo minas. Veja o trailer aí embaixo.
Todos os filmes do festival, é claro, se relacionam com as delícias da mesa, como você pode conferir na programação. A curadoria do professor, crítico e cineasta Sérgio Moriconi, de Brasília, reuniu filmes do Brasil, Chile, Itália, França, Suécia, Hungria, Índia, Líbia, Irã, Senegal, Uzbequistão e EUA. O Slow Filme, patrocinado pela Petrobras, inspira-se no Slow Food on Film, festival realizado anualmente em Bologna, na Itália. O conceito central é ver bons filmes e comer bem num sentido mais amplo. Ou seja, promover uma gastronomia com sustentabilidade, respeito ao meio-ambiente, à saúde e aos animais.
Em parceria com a produtora Objeto Sim, a Prefeitura de Pirenópolis realiza o evento como parte de sua estratégia para difundir as belezas da cidade, preservadas no estilo colonial. Uma das principais atrações turísticas, junto com as Cavalhadas e as demais construções do Centro Histórico, é o Cine Pireneus, com sua fachada em estilo art-déco. O nome da cidade deriva da Serra dos Pireneus, que por sua vez chama-se assim devido a uma suposta semelhança com os Pireneus da Europa.
Bem, o resto vou aprender a partir de amanhã, entre a poltrona do cinema e as mesas de degustação. Acompanhem-me pelo Twitter.
Eu também, já estou sofrendo antecipadamente… não precisa de um assistente, não? 🙂
Pôxa, Carlinhos, estou com pena de você!
Pois é, glicose, colesterol, obesidade…