Uma colecionadora muito inquieta

Minha companheira Rosane Nicolau lançou no último dia 17 o seu segundo livro infantojuvenil, A Colecionadora de Lendas. Ele vem se juntar a A Princesa e a Sombra do Duende (Adonis, 2015) e aos livros de contos Para Não Dizer que Ficou sem Título (Jaguatirica, 2016), Margem de Erro (Ibis Libris, 2013) e Outrorretratos (Azougue, 2012).

Como elogiar prata da casa pode soar cabotino de minha parte, atenho-me a transcrever o release da Editora Adonis.    

Mas, ora, por que não dizer que é uma leitura das mais agradáveis? Afinal, a narradora é uma menina que imprime sua subjetividade nas lendas que reconta. Ela comenta, indaga-se, intromete-se nas histórias, cria finais alternativos. É uma colecionadora interativa, muito afinada com o protagonismo juvenil do nosso tempo.

Mas vamos ao release:

EDITORA ADONIS APRESENTA MAIS UM LIVRO VENCEDOR DO CONCURSO AGOSTINHO DE CULTURA

Uma garota apaixonada por lendas descobriu que a melhor maneira de colecioná-las era recontando-as, e é dessa maneira que ela as mostra ao leitor. A colecionadora de lendas, livro da carioca Rosane Nicolau, vencedor do Concurso Agostinho de Cultura, foi apresentado ao público no último dia 17, no já tradicional Leitura com Pipoca, no quiosque Adonis, instalado no Parque Ecológico de Americana.

Nas primeiras palavras de A colecionadora de lendas, a narradora já se entrega ao leitor, com quem terá uma relação bem próxima durante toda a história: “Gosto das lendas porque nelas tudo é possível”. Nas 88 páginas do livro, a narradora apresenta, em primeira pessoa, sua coleção de lendas. Elas se passam no Brasil, no Chile, em Portugal, no Japão, na Itália e na Índia. São histórias de amor envolvendo os elementos da natureza. Além de contar, a narradora discute e comenta cada uma dessas lendas.

A colecionadora de lendas é fruto de um trabalho de pesquisa da autora, que tem em comum com sua personagem o fascínio pelas histórias. “Ao contrário dos outros livros que escrevi, este foi precedido de um planejamento e uma pesquisa quanto a sua estrutura e sua narrativa. É um livro de lendas, sim, mas posso afirmar que é bem diferente de todos os livros de lendas que você conhece”, afirma Rosane.

Como diz o escritor Severino Antônio, que assina o prefácio da obra, A colecionadora de lendas “contribui para a circulação desses saberes seculares que podem nos ensinar a viver e a conviver de modo mais sensível e mais generoso”. A coleção da personagem inclui a lenda dos diamantes, do Jacu Casamenteiro, da manga, do girassol, das cataratas, do amor-perfeito, do Morro do Pai Inácio, entre outras.

Rosane Nicolau escreveu A colecionadora de lendas entre 2013 e 2014. “A ideia inicial era fazer um livro de duas histórias: uma inspirada na “Princesa Tecelã e o Pastor de Rebanhos” (Japão) e outra em “Um amor de vulcão”, nome que eu mesma inventei para a lenda do Deserto do Atacama (Chile). Consultando vários livros para saber um pouco mais dessas histórias, observei que as lendas publicadas se repetiam muito. Decidi, então, partir para uma pesquisa mais profunda de lendas que trouxessem um viés poético, quase nunca encontradas em livros publicados no Brasil. A partir daí comecei a construir uma personagem apaixonada por esse tipo de história e que gostasse não só de contá-las, mas também de comentá-las”, explica.

A colecionadora de lendas, segundo livro infantil de Rosane, é vencedor da categoria infantojuvenil do Concurso Agostinho de Cultura e tem capa de Paulo R. Masserani. Em 2015, a escritora publicou, também pela Editora Adonis, por meio do concurso, o livro A princesa e a sombra do duende.

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