Num dia de maio de 2015, durante nossa viagem à Turquia, eu e Rosane nos enfiamos na multidão que diariamente, em tempos normais, percorre os vestígios da antiga cidade grega de Éfeso, nas proximidades do Mar Egeu. Estávamos acompanhados de um guia local de língua espanhola.
Éfeso teve seu apogeu no período em que foi integrada ao Império Romano, quando então se ergueram suas principais estruturas, das quais se vê hoje um conjunto de ruínas imponentes. São dois anfiteatros enormes, um dos quais funcionava como teatro artístico e o outro como Parlamento, ícone arquitetônico da democracia grega. Destacam-se também os restos do pequeno Templo de Adriano e as longas alamedas margeadas pelas colunas e estátuas que resistiram ao tempo.
Mas o grande atrativo mesmo é a fachada da Biblioteca de Celso. Ela foi construída para abrigar 1200 rolos (os livros da época) e, numa deferência especial, o sarcófago do imperador romano Celso, que fica numa cripta embaixo da biblioteca sem acesso aos visitantes. Nos nichos da fachada estão as estátuas alusivas às virtudes da Sabedoria, Conhecimento, Inteligência e Excelência.
Perto dali, o passeio inclui as ruínas da Basílica de São João, do século VI, onde se supõe que foi enterrado o corpo do evangelista, e, bem ao lado, a mesquita de Isa Bey, pequena por dentro mas grandiosa por fora. Uma pequena caminhada nos leva até outros dois pontos de interesse: o local onde ficava o outrora esplêndido Templo de Diana e a casa onde acredita-se que Maria, mãe de Jesus, viveu seus últimos anos.
Tudo em Éfeso e arredores está envolto nas brumas da história e da mitologia. Justamente por isso, o apelo é irresistível. Vejam o meu vídeo, que dura 16 minutos.