Uma coisa e outra

jules-and-jim-1No blog Pontes e Filmes, veja os diferentes usos dramáticos que François Truffaut fez para as pontes no clássico Jules e Jim. E a instalação de uma dessas cenas na exposição Truffaut do MIS-SP.

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Conheça os filmes-faróis de Aurélio Michiles no blog Faróis do Cinema. Entre eles, Aguirre, a Cólera dos Deuses: “Do meu ponto de vista, não conheço nenhum filme que tenha retratado tão bem o imaginário megalômano que impregna aqueles que ousam colonizar a selva amazônica do que este filme de Herzog.”

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 SOLOS DE MEMÓRIA, o novo espetáculo da Uma Certa Companhia, no Castelinho do Flamengo, é motivado pela obra Gaveta de Memórias, de Anna Bella Geiger, exposta no mesmo espaço. Gisela de Castro, Marcéli Torquato, Natasha Corbellino e Daniel Chagas compartilham com a pequena plateia (20 pessoas) memórias autoficcionais que misturam referências autobiográficas com outras alheias, incluindo algumas de Anna Bella. São monólogos de tons variados, do dramático ao cômico, que se valem do histrionismo e da intensidade dos atores. É interessante como alguns temas e alusões atravessam os cinco curtos atos, num trabalho de dramaturgia costurado por Morena Cattoni. Isso confere uma surpreendente unidade a falas muito diversas sobre beleza, amor, identidade, desejos, memória e permanência. As performances, com entrada franca, se dão às terças e quartas às 19h e aos sábados e domingos às 17h. Temporada até 18 de outubro. Reservas pelo e-mail solosdememoria@gmail.com


No fim de semana vi no MAM o segundo filme de Jia Zhang-ke, VOLTA PRA CASA, um dos três dele que ainda não conhecia. É um média-metragem bastante amador, sem qualquer tratamento sonoro e com uma câmera que segue toscamente o cozinheiro Xiao Shan (Wang Hongwei) perambulando por Pequim em busca de uma passagem para ir passar o Ano Novo com a família em Fenyang. Ele se desentende com uma ex-namorada, tem um encontro sexual frustrado com outra moça, procura ajuda junto a um amigo para conseguir a passagem e acaba tendo frustrado seu projeto de viagem. O contexto do filme é a campanha do governo para que os trabalhadores imigrantes permaneçam em Pequim no Ano Novo a fim de não causar gigantescos engarrafamentos nas estradas. A inserção de canções pop americanas, o flagrante de uma briga de rua e a obsessiva presença do consumo marcam o momento (1995) de transformação na paisagem humana da cidade. Numa sequência, Xiao Shan bebe e brinca com os amigos. O mais animado deles é vivido por Jia Zhang-ke (foto da tela) em mais uma de suas rápidas aparições na frente da câmera, como em “Plataforma” e “Um Toque de Pecado”.


Em 2005, muita gente ficou boquiaberta com o documentário “Zidane – Um Retrato do Século XXI”, no qual as câmeras acompanhavam somente um jogador durante os 90 minutos de um jogo. Poucos sabiam que a mesma experiência já tinha sido feita 35 anos antes com o camisa 11 George Best num jogo entre o Manchester United e o Coventry, na Inglaterra. O incrível registro pode ser visto na íntegra no Youtube. Se a técnica permitisse algo assim em 1960 no Brasil, o nosso clássico “Garrincha, Alegria do Povo” teria esse formato. A ideia original do produtor Luiz Carlos Barreto era filmar somente Garrincha durante uma partida inteira.

Informação passada por T. de Aragão: “Depois o Spike Lee levou essa ideia pro basquete, realizando o Kobe Doin Work para a ESPN, acompanhando uma partida do Kobe Bryant em um jogo no auge da sua carreira. Além de um trabalho de som sensacional, o documentário vai sendo comentado pelo próprio Kobe ao ver a projeção das imagens e confrontando o que ele vê e o que ele lembrava que tinha acontecido logo após a partida – “ops, achei que tinha acertado aquele arremesso..”. No Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=-8TA_u_YIK8

Outro adendo, este de Nayse Lopez: “Existe uma peça de dança que faz exatamente isso, recriando uma partida clássica num estádio real, com transmissão real, público e tudo. Nos telões passa a partida original editada com a partida ao vivo, só que no gramado o coreógrafo e bailarino suíço Massimo Furlan refaz milimetricamente ao vivo e em tempo real todos os movimentos de um único jogador daquela partida. É deslumbrante ele sozinho, sem bola e sem os outros jogadores, refazendo cada detalhe do jogo original. Vi a versao em que ele revive o Platini no jogo França e Alemanha 3×1, diante de 10 mil pessoas no Parc de Princes. Incrível.”

 

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