Pelo Tâmisa, a Greenwich e de volta

Em agosto de 2018, durante uma viagem pela Inglaterra, eu e Rosane embarcamos numa lancha da Thames Clippers em Westminster, Londres, para conhecer o Observatório Real de Greenwich. A curiosidade era meramente prosaica: ali passa o meridiano que deu origem ao fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo.

O observatório fica numa majestosa colina com vista para o rio Tâmisa. O conjunto inclui uma bela capela, um museu de relógios e cronômetros antigos e, claro, o marco do merididano onde os turistas se fotografam com um pé em cada fuso horário. Nas margens do rio, encontram-se um pequeno mercado, o belo navio histórico Cuty Sark e o túnel subaquático por onde se pode cruzar sob o Tâmisa para a Isle of Dogs, bairro cuja única graça foi ter inspirado o título da animação de Wes Anderson.

A atração principal desse passeio acaba sendo o trajeto panorâmico pelo rio, que passa por edificações icônicas como a réplica do teatro Shakespeare Globe, a Tate Gallery, a imponente torre The Shard, a antiga prisão London Tower e diversas pontes. Para um apaixonado por pontes como eu, navegar por baixo da Tower Bridge é uma emoção especial.

No vídeo abaixo, embalei os percursos de ida e volta em canções de filmes de Terence Davies. As três (I Get the Blues When it Rains, In the Bleak Midwinter e The Long Day Closes) falam do tempo, tanto cronológico como atmosférico. Quando editei, não imaginava que Davies viria a morrer poucos dias depois. Ficou como uma homenagem a um dos meus cineastas prediletos.

Vejam, são apenas 11 minutos.

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