Sobre meu vídeo das grandes atrações da Antiguidade na Tunísia
O que hoje é a Tunísia já foi muitas coisas sucessivamente: uma diversidade de tribos berberes, colônia fenícia, sede da civilização cartaginesa, estado-fantoche do Império Romano, domínio dos árabes, conquista do Império Otomano e protetorado francês. Até se tornar independente em 1956. De tudo isso o país guarda um pouco em sua memória cultural e arquitetônica. Perceber essa pluralidade é um dos prazeres de quem visita suas cidades litorâneas e suas imensas áreas de deserto e oásis.
Dois tesouros da Antiguidade se destacam no circuito turístico da Tunísia. Um deles fica a poucos quilômetros do centro de Túnis, a capital. São as ruínas de Cartago, cidade que brilhou na cultura mediterrânea entre os séculos XIX e II AC. Rival dos romanos, seria aniquilada ao fim da terceira guerra púnica, fato que originou a célebre frase “Carthago delenda est” (Cartago deve ser destruída).
O que hoje se visita de Cartago está em três pontos principais. Na Colina Byrsa, de onde se avista a skyline moderna de Túnis, estão as fundações de um bairro fenício, pelos quais se pode distinguir o traçado de ruas e de casas.
Mais abaixo está o local onde ficava o Porto Púnico, fundamental para o comércio que fazia de Cartago uma potência na Antiguidade. Perto dali encontramos um cemitério da época cartaginesa, chamado de Santuário Púnico. Grande parte das lápides marca as tumbas de crianças, onde se divisam entalhes com as efígies de Minerva (Tanit para os tunisianos) e outras divindades.
Seguindo mais adiante, através de bairros aprazíveis erguidos sobre ruínas fenícias e romanas, chegamos às majestosas ruínas das Termas de Antonino, mandadas construir pelo imperador romano Antonino Pio. São as maiores termas romanas remanescentes fora da Itália. No extenso conjunto de vestígios, é fascinante circular entre os pilares, colunas e arcadas que ainda restaram sob o sol.
A segunda grande atração da arquitetura antiga na Tunísia é o imenso anfiteatro de El Jem, o terceiro maior coliseu romano ainda de pé e um dos mais bem conservados. Nada se compara a sua imponência no Norte da África. Pode-se passar toda uma tarde percorrendo os diversos níveis de galerias, a vasta arena e os vãos subterrâneos onde ficavam as feras e os gladiadores à espera dos combates.
Impressionam as dimensões e a beleza do conjunto, inteiramente construído com blocos de pedra, sem fundações, no século III. Levantá-lo ali, em plena planície tunisiana, para espetáculos populares, foi uma das maiores iniciativas de propaganda da Roma imperial no continente africano. Embora cercado atualmente por construções comerciais, o coliseu de El Jem mantém-se digno do título de Patrimônio Mundial da Unesco.
O vídeo Cartago e El Jem: a Tunísia, antes tem na trilha musical composições de Hans Zimmer, Lisa Gerrard, Farya Faraji e Christopher Tin.



Gostei de conhecer Cartago e El Jem! Valeu!