Bergen, úmida e bela

A primeira escala da minha recente viagem à Escandinávia foi em Bergen, a segunda maior cidade da Noruega e porta de entrada para o “país dos fiordes”. Chovia na maior parte do tempo, como é de praxe naquele recanto. Uma chuva fina e sempre temporária, cortada por breves períodos de sol brilhante. Na recepção do meu hotel, uma inscrição alertava: “Rain doesn’t bite, but men might” (Chuva não morde, mas homens podem [morder]).

Mesmo sob o poalho renitente, Bergen mantém-se irremediavelmente bela, como se pode ver neste meu vídeo, a despeito das limitações do cinegrafista. Tive um problema com o cartão de armazenamento, que corrompeu algumas tomadas, mas nada que conspurque o encanto da cidade.

Do alto do monte Fløyen a paisagem se descortina entre terra e mar (foto acima). À beira do fiorde, o bairro Bryggen, patrimônio da Unesco, provoca um efeito sinestésico: à formosura das casas, construídas na época da Liga Hanseática (séculos XIII a XVII), soma-se o aroma ativo da madeira com que são inteiramente construídas.

Outro cheiro que se insinua aqui e ali é o das iguarias de peixe e frutos do mar, vendidas no mercado a céu aberto ou no “Mathallen” coberto. O salmão e o bacalhau frescos de Bergen são uma atração turístico-gastronômica irresistível. Tive a sorte de estar lá durante uma feira gastronômica na grande praça Festplassen, para onde convergiu a população num final de semana.

Nos vários prédios do Museu Kode, pude iniciar meu tour presencial pela obra de Edvard Munch, um dos meus pintores prediletos – e não só porque ele pintou muitas pontes.

A trilha sonora do vídeo é de outro Edvard, o Grieg, maior orgulho de Bergen quando se trata de música.

4 comentários sobre “Bergen, úmida e bela

Deixar mensagem para carmattos Cancelar resposta