Cool Oslo

Meu vídeo da capital norueguesa tem uma trilha sonora composta de jazz nórdico, o que me pareceu combinar muito bem com a atmosfera de Oslo: cool, relax, elegante. Oslo é uma cidade grande com cara de média. Suas ruas são silenciosas, apesar de movimentadas. À exceção de alguns jovens barulhentos, todos falam baixo, não se ouvem músicas altas em locais públicos, e a predominância de carros elétricos reduz em muito o ruído urbano.

Muita coisa mudou desde 1997, quando lá estive pela primeira vez. O que mais saltou aos olhos foi a área central, à beira do Oslo Fjord, que então era um tanto baldia. Agora ali se erguem três dos maiores orgulhos arquitetônicos e culturais da Noruega. O mais vistoso é a Opera House, projetada pelo estúdio de arquitetura Snøhetta, que se assemelha a um barco ancorado à margem do fiorde. Suas rampas de mármore oferecem belas vistas sobre a cidade, e o interior chama atenção pela bem proporcionada combinação de mármore, vidro e madeira – esta, a tradicional matéria-prima das casas norueguesas. Um tour guiado me forneceu um relance do salão principal e dos bastidores.

Logo atrás da Ópera está o Museu Munch, um edifício de topo inclinado, que abriga a maior coleção de obras de Edvard Munch, incluindo três versões de O Grito. É um dos museus mais modernos que já visitei. A poucos metros dali fica a biblioteca pública Deichman Bjørvika, aberta em 2020, outro portento em termos de beleza e acolhimento. Em vários andares, os usuários encontram todo tipo de acomodação para leitura, das mais informais às mais clássicas.

Um passeio de barco pelo Fiorde de Oslo permite contemplar a maioria das atrações da cidade à distância. Mas eu também me detive com as lentes do meu celular no Museu Astrup Fearnsley de arte contemporânea, no Museu Fram com seu navio polar que simula uma tempestade, nas obras-primas do Museu Nacional, na Prefeitura repleta de murais retratando cenas históricas e míticas da Noruega e, obviamente, no famoso Parque Vigeland, onde abundam as esculturas de nus em grupos lúdicos ou dramáticos.

Minhas andanças pela cidade cobriram bairros característicos como o buliçoso Ake Brygge e o arrojado Barcode Project, um conjunto de edifícios que parecem simular códigos de barras. Como contraponto a toda essa contemporaneidade, passei um par de horas relaxando no Museu Folclórico, recriação de uma antiga área rural da Noruega com suas casas de madeira e mulheres com roupas de época. Bem turístico, por certo, mas o que fazer quando somos turistas?

Aproveitem as imagens e curtam o cool jazz nórdico.

 

3 comentários sobre “Cool Oslo

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