
- Este é um autêntico filme noir contemporâneo brasileiro. Se Nicholas Ray ainda fosse vivo e morasse em São Paulo, talvez fizesse escolhas parecidas.
- A aproximação com Cassavetes também é inevitável e traz um frescor incomum em filmes brasileiros.
- Os fornecedores clandestinos da elite corrupta brasileira ganham enfim seu retrato.
- A juventude dos filmes de José Eduardo Belmonte tem essa qualidade rimbaudiana que casa o romântico com o trágico. Ou quase trágico.
- As narrativas de Belmonte são sempre lacunares, deixando espaço para o espectador exercitar sua inteligência.
- Ali tem adrenalina estética para combater qualquer tipo de torpor.
- A trilha sonora instiga, propulsiona, enleva.
- Caroline Abras é tão sedutora que você não vai querer saber qual é o sexo de Marcin.
- O travesti de Milhem Cortaz é um totem inesperado, estranhamente fascinante.
- Melhor filme no Festival do Rio e no Cine Ceará. Quando isso acontece, não é mero acidente de festival.
Posso dar mais uma?
• Cauã Reymond se aproximando do Cinema está sendo uma ótima escolha. Ele já provou que é um bom ator em diferentes linguagens.
Confesso que ainda não estou plenamente convencido disso. Mas estou observando o rapaz 🙂