A MFL 2013 abriu ontem no CCBB-Rio e está começando hoje (terça) para o público. Abaixo, dez razões para não deixá-la passar em branco:
1. O vídeo de abertura, como sempre assinado por Christian Caselli, foi divertidíssimo, criativo e inteligente. E substituiu muito da falação que sempre emperra aberturas de festivais. O hilário samba-enredo da MFL 2013 pode ser conferido aqui.
2. A Mostra vai exibir alguns dos melhores longas da última safra, ainda inéditos no circuito. É o caso de Esse Amor que nos Consome, de Allan Ribeiro, já premiado pela curadoria como o melhor da Mostra; o doc Em Busca de um Lugar Comum, de Felippe Shultz Mussel, sobre o turismo em favelas cariocas; Doméstica, de Gabriel Mascaro; e a ficção garreliana As Horas Vulgares, de Rodrigo de Oliveira.
3. Marcelo Ikeda, um dos curadores da MFL e cronista do “cinema de garagem”, vai mostrar (e comentar) seu novo longa, Entre Mim e Eles, sobre o processo de criação de Os Monstros, dos Pretti-Parente.
4. Os seis longas de Carlos Alberto Prates vão passar, um a cada dia, na mostra em homenagem ao diretor mineiro. É quitute mais raro do que aquele queijo de canastra muito especial que você só encontra nas montanhas de Minas. Confira uma entrevista do Prates aos curadores da mostra, em que ele repete os filmes-faróis apontados para a revista Filme Cultura.
5. Filmes sobre os quais tenho enorme curiosidade estão na programação: A Floresta de Jonathas, longa amazonense de Sergio Andrade; Augustas, ficção do trepidante Francisco César Filho; Retrato de uma Paisagem, do alumbrado Pedro Diógenes; e Vertigem Branca, do “garagista” Dellani Lima.
6. Todos os filmes com mais de 31 minutos inscritos na MFL 2013 receberam uma pequena resenha de um dos curadores, às vezes mencionando claramente por que foram ou não selecionados. Os textos, iniciativa que creio inédita em festivais brasileiros, estão nesse blog.
7. As performances do Parangocine, exibidas no vídeo de abertura, me pareceram bem interessantes. Uma pessoa evolui vestida num parangolé branco sobre o qual são projetadas imagens com um equipamento ambulante. Oiticica não ficaria nada zangado com essa apropriação bem apropriada.
8. Depois do Rio, a Mostra segue para os CCBBs de São Paulo (a partir de 16 de abril) e Brasília (6 de maio).
9. Além dos CCBBs, haverá sessões da MFL em 21 cineclubes das várias regiões do país, do Acre a Santa Catarina.
10. Toda a Mostra tem entrada franca.
Trabalhei nas primeiras edições da Mostra, lamento não estar no Rio para ver a rica programação,incluindo os filmes de Carlos Alberto Prates,que diz muito aos brasileiros.Susesso pra todos aí. abs Paulo Henrique Souto