Em matéria de aproximar o cinema do teatro, poucos artistas no mundo podem rivalizar com Ingmar Bergman (1918-2007). Se realizou mais de 60 filmes para cinema e televisão, no teatro esse número ultrapassou 170 peças, aí compreendidas as encenações em TV e no rádio. Muitos de seus atores favoritos foram levados do teatro para o cinema. Parte de seus filmes foram adaptados para o palco em várias cidades do mundo. A própria cena teatral foi tematizada com frequência nos seus filmes. O teatro, como ele disse, era sua mulher; o cinema, a amante.
O site oficial de Bergman, mantido pela fundação sueca que leva seu nome, cobre sua produção nas duas áreas. Cada filme ou trabalho teatral é apresentado com sinopse, ficha técnica, fotos e algum material multimídia. Por sua vez, o link “On stage” relaciona todas as montagens de textos de Bergman nos diversos países, registrando inclusive a montagem paulista de Ghosts (Espectros) em 2011.
Algumas curiosidades: Cenas de um casamento, Fanny e Alexander e Sonata de outono são os roteiros mais procurados pelos produtores de teatro. Enquanto vivo, Bergman nunca permitiu que Persona, O sétimo selo ou A fonte da donzela fossem levados ao palco. Depois de sua morte, todos os roteiros foram liberados.
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